Links de Acesso

Angola: Chefe de Segurança acusa partidos e activistas de criar clima de terror nas populações


Francisco Pereira Furtado, chefe da Casa de Segurança do Presidente de Angola
Francisco Pereira Furtado, chefe da Casa de Segurança do Presidente de Angola

UNITA devolve acusação ao MPLA e Governo

O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República acusou os partidos políticos da oposição de, a pretexto de “suspeições de fraude”, pretenderem o que chamou de “instauração de um clima de intimidação, insegurança e terror no seio das populações, antes da convocação das eleições”.

Este pronunciamento de Francisco Pereira Furtado é o primeiro de uma alta figura do Governo feito em meio a um clima de contestação vindo de todas as sensibilidades políticas, sociais e religiosas do país depois que o Tribunal Constitucional anulou o congresso da UNITA de 2019 que elegeu Adalberto Costa Júnior presidente do principal partido da oposição.

Ministro e oposição acusam-se mutuamente de querer instabilidade – 2:51
please wait

No media source currently available

0:00 0:02:50 0:00

Para o general Furtado,"este jogo faz parte de uma estratégia errada e irresponsável de quem não sabe, nem está preparado para coabitar em ambiente de paz, concórdia e estabilidade”.

O ministro de Estado, que falava no acto que marcou o 30º aniversário das Forças Armadas Angolanas (FAA), no sábado, 9, não poupou críticas aos activistas políticos angolanos a quem apelidou de “falsos activistas que, a todo o custo, querem chegar ao poder por via da desordem, desobediência civil e actos de intolerância política”.

"Governo-sombra" da UNITA devolve acusações

Em reacção às declarações do governante, o deputado da UNITA Joaquim Nafoia devolveu as acusações e deixou “conselho”s ao ministro de Estado.

“O senhor ministro deve ser aconselhado por juristas”, porque quem está a criar instabilidade no país é o seu próprio partido que está a manietar as instituições do Estado”, disse o também “primeiro-ministro” do Governo-sombra da UNITA.

Por seu turno, o activista de Cabinda Alexandre Kuanga Nsitu considera que, contrariamente ao partido no poder, o MPLA,e o seu governo, os activistas realizam manifestações porque pretendem repor a ordem constitucional.

“O Estado angolano não é de um partido mas é de todos os angolanos”, defendeu aquele activista.

XS
SM
MD
LG