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Angola: Bibliotecas hospitalares para tornar internamento menos traumatizante


Jornalista angolano Rui Ramos
Jornalista angolano Rui Ramos

Rui Ramos acha que a abertura das bibliotecas é um grande desafio para os hospitais e uma oportunidade para humanizar o internamento das crianças.

Na intenção de se reduzir os níveis de analfabetismo em Angola, foi criada há um ano a iniciativa cultural “ Um Livro Uma Criança Muitas Leituras” pelo jornalista reformado angolano Rui Ramos.
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O coordenador da iniciativa garante que a criação de uma biblioteca hospitalar é importante porque ajuda os doentes internados a passar o tempo, num período em que estão fora da família e podem sentir-se isolados”. As bibliotecas hospitalares tornam também o internamento menos traumatizante. Rui Ramos frisou que as bibliotecas são criadas em colaboração com o Ministério da Saúde e todas as pessoas interessadas.

O criador do projecto disse que a sua organização ajuda a criar a biblioteca mas depois é o hospital que a gere através dos seus funcionários ou de voluntários. O acesso aos livros é livre. Todos podem frequentar as bibliotecas, mesmo os que apenas vão às consultas ou acompanhar familiares.

A parte das doações em livros chega de Portugal: “a nossa grande dificuldade está no transporte dos livros do exterior do país, mas estamos a ultrapassar os problemas porque temos uma equipa muito dinâmica que faz grandes esforços para recolher e mandar os livros para Angola”, disse Rui Ramos.

Rui Ramos disse que a abertura das bibliotecas é um grande desafio para os hospitais e ao mesmo tempo uma oportunidade para humanizar o internamento das crianças: “a nossa missão é criarmos as bibliotecas mas as unidades hospitalares é que têm de geri-las, o que não é um trabalho fácil”.

Por esta altura já foram criadas quarenta e cinco bibliotecas em quinze províncias de angola e percorridos por estrada vinte e cinco mil quilómetros: “é um trabalho cansativo mas muito agradável porque no final temos a satisfação de ver as crianças internadas felizes com os livros infantis que lhes proporcionamos. Cada província é um mudo novo e ficamos a conhecer a realidade que o país vive”.
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