O antigo administrador municipal de Cacuso, na província angolana de Malanje, Caetano da Rita Paulino Tinta, foi condenado a cinco anos e três meses de prisão pelo crime de corrupção.
O juiz Guilherme Lufupa condenou na segunda-feira, 29, Caetano Tinta a “cinco anos de prisão maior pelo crime de peculato, três meses como cúmplice no crime de falsificação de documentos, quatro anos para o crime de associação criminosa, dois anos pelo crime de recebimento indevido de vantagens, três anos pelo crime de participação económica em negócio”.
Também foram considerados culpados e condenador a três anos e seis meses de cadeia o ex-administrador municipal adjunto de Cacuso para a Área Financeira, André Luengo, e a ex-chefe de Secretaria daquela administração, Maria Leitão Neto.
O empresário Carlos Mulo, proprietário do Grupo ZECIND Lda., co-réu do processo de corrupção, recebeu uma pena efectiva de quatro anos e seis meses de prisão maior.
As penas mais leves foram para Waldemar Tinta, Bernardo Manuel e Irineu Gonga, condenados a dois anos de prisão, mas com as respectivas penas suspensas.
O advogado de defesa do antigo administrador, Lussevikueno Luvumbo, acredita que poderá reverter a sentença numa instância superior.
“Ainda assim temos algumas possibilidades/oportunidades para o recurso e nós acreditamos que vai resultar, não podemos aqui revelar as estratégias que vamos continuar a tomar, mas estamos em crer que em tempo muito razoável vamos conseguir a liberdade dos nossos constituintes”, garantiu.
Caetano Tinta e os outros sentenciados ainda vão devolver ao Estado 232 milhões de kwanzas pelos prejuízos causados, e terão de pagar 100 mil kwanzas de taxa de justiça.