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Angola: Alterações climáticas comprometem produção agrícola em Malanje


Campo agrícola em Malanje, Angola
Campo agrícola em Malanje, Angola

Produtores queixam-se de muitos prejuízos e pedem ajuda.

Agricultores e camponeses da província angolana de Malanje enfrentam já os efeitos das mudanças climáticas em cada período do ano agrícola, com o aumento das precipitações e estiagem.

Os prejuízos já são enormes e produtores clamam por ajuda.

Alterações climáticas comprometem produção agrícola na província angolana de Malanje
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No município de Kiwaba Nzoji, a 98 quilómetros da sede provincial, por exemplo, onde a administração local prevê mecanizar 3.620 hectares de terras no âmbito dos programas de Combate à Pobreza e do Orçamento Participativo com o envolvimento de 350 famílias, o excesso de chuvas comprometeu parte da produção da primeira época do ano agrícola 2023/2024.

Camponês e autoridade tradicional da aldeia Macala, Sebastião José, diz que o trabalho das famílias camponesas ainda é manual, com défice de sementes de milho, amendoim e feijão, doadas pelo projecto PDRAS, da Cárias de Malanje.

“Essa mini-fome resulta, por exemplo, das chuvas constantes, os produtos não têm aquela fase de germinar e produzir na sua estação própria. Estamos a pedir o apoio multiforme do município para nos apoiar nesses aspectos”, pede Sebasitão.

Por seu lado, o agricultor da cooperativa Futuro Jovem, Tomás Samuxito, com áreas produtivas nos municípios de Cangandala e Malanje, conta que pedeu " 70 por cento por causa da inundação, a única recuperação só teremos na segunda chuva, fazendo da melhor forma e termos melhor colheita".

Samuxito remata que "vamos precisar de sementes e adubo também, principalmente adubo".

O fazendeiro Jevalson Já Saurimo, que preparou 70 hectares de milho em Cangandala e 10 de hortícolas em Cacuso, admite que 32 hectares foram destruídos pelas águas das precipitações e o prejuízo está avaliado em cerca de oito milhões de kwanzas.

Saurimo diz necessitar de apoios para a reposição da sementes e pesticidas.

“Estamos aí a fazer uma avaliação de 40 por cento dos prejuízos, hortícolas estamos simplesmente a produzir em Cacuso, o tomate, a cebola, a beringela, também temos quiabos e repolho. Na verdade, nesse momento precisamos fazer a reposição da sementeira, porque os prejuízos foram mesmo do excesso de chuvas”, concluiu.

Em Cacuso, a via de acesso ao campo agrícola está igualmente obstruída em consequência das inundações.

Há relato de danos de produtos agrícolas de agricultores e camponeses em outros municípios da província de Malanje, por causa das chuvas fora do normal e da sua falta, segundo dados do Instituto Nacioonal de Meteorologia e Geofísica".

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