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Angola: Alegados burlões vão a tribunal


Analistad diz que caso da "Burla à Tailandesa" não tem significado na luta contra a corrupção

Um total de 11 pessoas vai responder no Tribunal Supremo de Angola pela alegada tentativa de burla de 50.000 milhões de dólares ao Estado, entre outros crimes, anunciou aquele tribunal.

Um analista angolano disse contudo não ver neste processo qualquer sinal de um aumento na luta contra a corrupção.

Segundo informação do Tribunal Supremo, neste caso, conhecido como "Burla à Tailandesa", existem "suspeitas de envolvimento de 11 cidadãos nacionais e estrangeiros", aos quais são imputados crimes de falsificação de documentos, burla por defraudação, associação de malfeitores e branqueamento de capitais.

O processo já deu entrada no Tribunal Supremo, que o julgará, em primeira instância, na Câmara Criminal, por envolver, conforme decorre da legislação em vigor, generais das FAA.

O ex-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Geraldo Sachipengo Nunda, é um dos arguidos no processo cuja fase de instrução e investigação terminou no final de Junho.

General Sachipengo Nunda
General Sachipengo Nunda

Exoneração de General Nunda resulta de motivações políticas, dizem analistas angolanos

O antigo director da Unidade Técnica de Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, igualmente secretário para a Informação do MPLA, partido no poder, e o ex-diretor da Agência para a Promoção do Investimento e Exportação (APIEX), Belarmino Van-Dúnem, foram inicialmente constituídos arguidos, mas acabaram por não ser acusados neste processo.

Para o analista e coordenador do Centro de Debates Académicos, Agostinho Sikatu, esta medida não tem grande significado.

“É apenas show off, não acredito que venha a combater a impunidade no país, por uma única razão: este dinheiro não saiu foi apenas tentativa de corrupção” disse.

Sicato lembra que vários outros escândalos estão registados em Angola mas não são investigados, como os "casos de saída de dinheiro para Londres, temos o que foi revelado pelos Panama Papers, temos agora o caso da Suíça casos de desvios que não estão a ser investigados”, disse.

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