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Analistas políticos divergem sobre ausência de João Lourenço da Assembleia Geral da ONU


Presidente angolano, João Lourenço (dir) e a primeira-dama angolana, Ana Dias Lourenço, chegam à Praça da República em Luanda, para a tomada de posse. 15 de setembro, 2022
Presidente angolano, João Lourenço (dir) e a primeira-dama angolana, Ana Dias Lourenço, chegam à Praça da República em Luanda, para a tomada de posse. 15 de setembro, 2022

Embaixadora junto das Nações Unidas falará nesta segunda-feira na Assembleia Geral da organização

A embaixadora de Angola junto das Nações Unidas faz nesta segunda-feira, 26, em Nova Iorque, a sua intervenção no debate geral da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

João Lourenço não vai à ONU – 2:13
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Do ponto de vista protocolar, é a representação mais baixa de um país na organização.

Maria de Jesus Ferreira fala no último dia da Assembleia Geral em representação do Chefe de Estado, João Lourenço, que se encontra em visita privada ao Reino de Espanha.

Nem a vice-Presidente, Esperança Costa, recentemente empossada, nem o ministro das relações Exteriores, Tete António, deslocaram-se a Nova Iorque.

Analistas políticos divergem-se sobre as consequências da ausência de João Lourenço na 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Osvaldo Mboko, especialista em relações internacionais e professor universitário, diz ter João Lourenço priorizado uma agenda que, na óptica dele, trará mais vantagens ao país.

“Podemos equacionar que o Presidente teve uma interposição de agenda e tratou um asunto que, no seu entender, fruto da sua gestão, trará mais frutos para o Estado angolano”, afirma Mboko, embora, refira-se, a viagem seja privada e não oficial.

Opinião difernente tem o jurista e professor universitário Agostinho Canando, que entende que ausência de João Lourenço tem reflexos na imagem de Angola.

“Prejudica porque as Nações Unidas são uma espécie de Presidência do mundo inteiro e na qualidade de comunidade internacional elas visam trabalhar com todos os países que delas fazem parte e se Angola é seguinataria é necessário que se faça representar, nomeadamente o seu Presidente que é, por sinal, o chefe do Executivo, comandante em chefe das Forças Armadas Angolanas e representante do Estado no exterior”, sustenta Canando.

A mesma opinião tem o jurista Manuel Cangundo, quem alerta para o reflexo directo nos investimentos estrangeiros.

"Tem sempre uma reflexão directa com a imagem que o país vem a granjear na geopolítica internacional, Angola ainda figura nos vários rankings com uma imagem muito negativa e eu penso que tem reflexo directo na questão do investimento estrageiro”, Cangundo.

Uma nota divulgada na página da Presidência da República de Angola na sexta-feira, 23, informou que “João Lourenço, deixou a meio da manhã de hoje a capital do país, Luanda, com destino ao Reino de Espanha, país onde permanecerá por alguns dias em visita de carácter privado”.

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