O Presidente angolano, João Lourenço, reuniu-se na sexta-feira, 29, em Luanda, com várias sensibilidades alegadamente da sociedade civil para ouvir as suas opiniões sobre o impacto da pandemia da Covid-19 na vida da população e a crise económica e financeira atual
No rescaldo, analistas consideram que foi apenas mais um encontro com figuras do Estado, do partido no poder e da oposição, ao contrário da anunciada auscultação de representantes de associações sindicais, cívicas e profissionais.
O jornalista Alexandre Neto Solombe considera que o Presidente pretendeu fazer deste encontro “um cenário de palco indicativo de que, apesar da crise e da atual pressão social, tem a situação sob o seu controlo”.
Tal como Solombe, o académico João Lukombo Nzatuzola diz que, da mesma forma que houve gente que não devia estar na reunião, “os verdadeiros interessados na resolução dos problemas sociais não foram vistos”.
Frente a este cenário, o responsável da Organização SOS-Habitat, André Augusto, defende que os próximos eventos sejam extensivos a todas as sensibilidades “que têm estado preocupadas com a vida e com o bem-estar dos angolanos”.
Em mensagens publicadas na sua conta no Twitter, o Chefe de Estado afirmou, entretanto, que“o encontro com a sociedade civil foi bastante frutífero, com contribuições valiosas para as medidas a tomar, a fim de enfrentar os desafios do presente e do futuro próximo”.