O desemprego foi tema para a convocação de manifestações em, pelo menos, 12 províncias angolanas no passado fim-de-semana, mas apenas em Luanda o protesto aconteceu.
Pouco menos de 500 jovens manifestaram-se pacificamente por algumas ruas da capital, enquanto em Cabinda e Malanje a detenção pela polícia dos principais organizadores frustrou a intenção dos desempregados de se manifestarem.
Analistas apontam várias causas que podem estar por detrás da apatia que se regista na adesão às manifestações, como medo de repressão policial e a expectativa criada à volta do novo Governo.
O analista Faustino Mumbica aponta o “medo como” uma forte razão para a falta de adesão das pessoas e admite ainda que possa haver “uma pressão psicológica exercidas obre os jovens”.
O jornalista Ilídio Manuel alinha pelo mesmo diapasão mas acrescenta que muitos angolanos acreditam nas intenções do novo Governo a quem preferem dar o benefício da dúvida.
As manifestações de jovens desempregados visavam pressionar o Governo de João Lourenço a olhar com maior atenção para as questões relacionadas com a juventude, em particular o emprego, num país em que, segundo dados oficiais, 45 por cento deles estão sem trabalho.