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Amnistia Internacional lança campanha para libertação do activista angolano Tanaice Neutro


Gilson da Silva Moreira "Tanaice Neutro", activista angolano
Gilson da Silva Moreira "Tanaice Neutro", activista angolano

Organização pede em campanha "Tome uma acção" que defensores dos direitos humanos escrevam ao ministro angolano da Justiça e Direitos Humanos a pedir a sua libertação

A Amnistia Internacional (AI) começou uma campanha para a libertação do activista angolano Gilson da Silva Morreira, mais conhecido por Tanaice Neutro, preso desde Janeiro de 2022 e que enfrenta sérios problemas de saúde.

Com o título “Tome uma acção”, a organização de defesa dos direitos humanos sugere que os interessados enviem uma carta ao ministro angolano da Justiça e Direitos Humanos, Márcy Cláudio Lopes, a pedir a sua libertação.

Numa carta modelo, a AI propõe um texto com base nas precárias condições de saúde de Tanaice Neutro e no facto dele continuar detido mesmo depois do tribunal ter decidido pela sua libertação.

“Exorto-vos a libertar imediatamente Tanaice Neutro, conforme ordenado pelo juiz, e a garantir que a sua condenação seja anulada por resultar unicamente do exercício do seu direito à liberdade de expressão”, lê-se na iniciativa da AI que além da ilegalidade da prisão, em virtude do tribunal ter decidido pela sua libertação, aponta a necessidade de “acesso urgente a cuidados de saúde adequados, incluindo, se necessário, fora da prisão”.

A AI recorda que, a 13 de Janeiro de 2022, o ativista foi preso em conexão com vídeos que gravou onde chamava o Presidente da República de “palhaço” e as autoridades de “ignorantes”.

Em Outubro, ele foi julgado e condenado pelo crime de ultraje ao Estado, seus símbolos e órgãos a uma pena suspensa de 15 meses, tendo o juiz ordenado a sua libertação imediata por motivos de saúde.

A organização de defesa dos direitos humanos lembra que “já se passaram seis meses desde a decisão, mas ele continua na prisão”.

Tanaice Neutro “está com fortes dores físicas e mentais e as autoridades prisionais não prestam os cuidados médicos necessários de que necessita”.

A AI diz estar preocupada com a saúde mental do activista que “tem expressado pensamentos suicidas em inúmeras ocasiões”.

Após a decisão do tribunal, em Outubro, o advogado de defesa Francisco Muteka explicou na altura que Tanaice Neutro já tinha cumprido metade da pena e que por isso o recurso entreposto pelo Ministério Público ao tribunal de relação não pode condicionar a libertação dele.

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