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Americano condenado por tráfico de droga levanta o debate sobre o tema em Moçambique


O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo condenou nesta quinta-feira, 20, a 18 anos de prisão por tráfico de drogas o cidadão norte-americano, Rodney Willord Baldus, de 66 anos, natural de Owatonna, detido a 26 de Junho do ano passado no Aeroporto Internacional de Maputo, quando pretendia viajar para Joanesburgo.

Esta sentença traz à tona, uma vez mais, a questão do tráfico de droga e ao fato de Moçambique ser considerado um corredor aparentemente livre para.

Para analistas, esta condenação é um bom sinal, mas há ainda um longo caminho por percorrer.

Na posse Rodney Willord Baldus, a polícia encontrou 4,6 kg de heroína, o que, para o juiz Ruía Dauane, foi suficiente para condená-lo a 18 anos de prisão.

Hilário Sabonete, advogado do cidadão americano, diz que vai recorrer da sentença.

“Acho uma pena extremamente exagerada, em função daquilo que foi relatado ou aconteceu durante a produção da prova, portanto e por isso, vamos interpor recurso”, defendeu Sabonete.

O jurista Egídio Plácido é de opinião queesta condenação é sinal de algum trabalho que está a ser feito pelo Gabinete de Combate de Drogas.

“É um sinal que se lança no sentido de que Moçambique está a começar a ter algum combate e com algum vigor ao tráfico de droga”, começou por dizer aquele analista, acrescentando que “não pode ficar por aí, pois todos sabemos que o circuito de tráfico de drogas é comandado por grandes sindicatos, é altamente sofisticado e muito complicado para seguir os seus rastos”.

Moçambique é considerado um corredor de drogas, com alguns dos seus cidadãos a constar na lista de barões do tráfico da droga elaborada pelos EUA, muito por culpa da porosidade das suas fronteiras, o que, para Plácido, requer coordenação ao nível internacional para o combate ao tráfico de drogas.

“Há muita droga que passa pelo nosso país e com destino para Ásia e, particularmente, para a nossa vizinha África do Sul, e há gente no país que está envolvido neste crime, são pessoas com algum poder sob ponto de vista político e o combate à droga em Moçambique ainda carece de um trabalho de investigação sofisticado, devia-se averiguar de onde vem a fortuna de algumas pessoas que não tem nenhuma fábrica ou empresa e não se percebe de onde vem a sua fortuna, portanto é preciso que haja outro tipo de trabalho e a partir começar-se a reduzir substancialmente os níveis de pessoas que traficam drogas neste país”, concluiu Egídio Plácido.

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