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Alterações Climáticas: Angola tem muita sorte diz professor João Serôdio


João Serôdio, ecologista e professor universitário da Universidade Agostinho Neto. Angola
João Serôdio, ecologista e professor universitário da Universidade Agostinho Neto. Angola

Angola encontra-se numa situação geográfica que protege o país das maiores calamidades ambientais, consequentes das alterações climáticas.

Embora África esteja muito aquém dos limites impostos pelas Nações Unidas, não está isenta das consequências das emissões de gases e é, segundo o professor universitário e ecologista João Serôdio, o continente que mais sofre e por outro lado o menos preparado para enfrentar situações difíceis do ponto de vista climatérico.

Mas Angola está numa posição geográfica menos vulnerável, explica o professor da Universidade Agostinho Neto.

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Angola falta voltar a monitorar os acontecimentos meteorológicos e climáticos para se poder fazer estudos que justifiquem os eventos, conta o professor.

Segundo João Serôdio é muito difícil atribuir determinadas situações, como as secas no sul de Angola, às alterações climáticas, porque “as secas são periódicas” e porque “não há estudos profundos” que possam suportar esse tipo de afirmações.

Miradouro da Lua, Luanda, Angola
Miradouro da Lua, Luanda, Angola

Até à independência, explica, Angola teve o registo sistemático dos dados pluviométricos e climáticos. Depois disso essa recolha ficou suspensa. “Foram cerca de 30 anos sem registos. Para fazermos pontes no Cunene, tivemos que ir buscar dados à Namíbia”, exemplificou.

Não só é necessário que se volte a registar todos esses dados, como também é preciso investir na educação do país inteiro, pois esse é o “maior desafio”.

“Em países onde não há educação, as pessoas acreditam em feitiço ou não conseguem prever e não estão preparadas para enfrentar situações difíceis, nefastas”.

A solução de João Serôdio é “educação, educação, educação", para podermos preservar o ambiente.

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