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Alemanha corta 35 milhões de euros de financiamento de protecção à floresta amazónica


Berlim alega posições do Governo brasileiro ligado ao lobby agrário
Berlim alega posições do Governo brasileiro ligado ao lobby agrário

O Ministério do Meio Ambiente da Alemanha decidiu suspender o financiamento de projectos para a protecção da floresta da Amazónia, no Brasil, e da biodiversidade, anunciou a responsável pela pasta Svenja Schulze, em entrevista ao jornal "Tagesspiegel" neste sábado, 10.

"A política do Governo brasileiro na região amazónica deixa dúvidas se ainda persegue uma redução consequente das taxas de desmatamento", acrecentou a ministra, que aponta a retomada da cooperação apenas quando quando houver clareza das autoridades brasileiras.

Numa primeira fase, o corte atinge o montante de 35 milhões de euros, provenientes da iniciativa para protecção climática do Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com o órgão, desde 2008, já foram disponibilizados 95 milhões de euros através dessa iniciativa para projectos de protecção florestal no Brasil.

O jornal alemão escreve que o Governo do “Presidente de direita”, Jair Bolsonaro, afirma estar comprometido com o objectivo do Acordo Climático de Paris, mas alerta que “um dos maiores defensores de Bolsonaro é o lobby agrário”.

Com um volume de quase 800 milhões de euros, o Fundo Amazónia, financiado em grande parte pela Noruega e, em muito menor escala, pela Alemanha, visa projectos para reflorestamento, contenção do desmatamento e apoio à população indígena.

O "Tagesspiegel" escreve que cerca de 17% da Floresta Amazónica desapareceu nos últimos 50 anos e que “uma perda de 20% a 25% poderia fazer com que o pulmão verde da Terra entrasse em colaps, ameaçando transformar a região numa vasta savana".

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