Os governadores de 12 estados americanos convocaram a Guarda Nacional para tentarem manter a ordem após mais uma noite de violências em cidades através dos Estados Unidos.
A Guarda Nacional é uma força para militar que opera sob comando estadual e federal.
Nas últimas cinco noites manifestações contra a violência policial que inicialmente decorreram pacificamente transformaram-se em ataques de multidões contra lojas com actos de pilhagem e fogo posto em diversas cidades.
A violência iniciou-se na cidade de Minneapolis onde um africano-americano, George Floyd, morreu depois de ter sido detido pela polícia. Vídeo nas redes sociais mostram um polícia ajoelhado sobre o pescoço da vítima enquanto este roga ao agente que não consegue respirar.
O agente foi entretanto preso e acusado de homicídio.
Desde então a violência alastrou-se a outros estados e para além do governador do estado de Minnesota (onde está a cidade de Minneapolis) os governadores da Georgia, Kentucky, Ohio, Wisconsin, Colorado, Utah, Washington, California, Tennesse, Missouri e Texas convocaram também a Guarda Nacional para tentar controlar a situação.
O governador da Califórnia Gavin Newsome declarou o estado de emergência em Los Angeles onde manifestantes incendiaram várias propriedades.
O recolher obrigatório fo imposto em Los Angeles, Seattle, Atlanta, Denver, Filadélfia, Portland e Columbia.
Em Indianapolis registaram-se vários tiroteios no centro da cidade numa segunda noite de protestos. Uma pessoa morreu e duas outras ficaram feridas.
Em Chicago a presidente da câmara Lon Lightfoot acusou os manifestantes de “conduta criminal” e impôs um recolher obrigatório das 9 da noite às 6 da manhã.
Manifestações em Washington, DC perto da Casa Branca acabaram em violência com os manifestantes a lançarem foguetes e garrafas contra as unidades policiais que protegem a residência do Presidente e lojas nas redondezas foram pilhadas e incendiadas.
A Guarda Nacional foi activada para proteger a Casa Branca.
O Presidente Donald Trump descreveu a morte de George Floyd em Minneapolis como uma “tragédia grave” e disse estar ao lado “de todos os americanos que procuram a justiça e paz”, acrescentando estar ao mesmo tempo “em firme oposição aqueles que exploram esta tragédia para pilharem, roubarem atacarem e ameaçarem”.