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Alarmante falta de medicamentos nos hospitais moçambicanos


Milange, Zambézia, Moçambique
Milange, Zambézia, Moçambique

CIP diz que a situação é influenciada pela precariedade da logística farmacêutica

O Centro de Integridade Pública (CIP) considera que a falta de medicamentos nas unidades sanitárias moçambicanas continua a ser um problema alarmante e longe de ser ultrapassado.

Alarmante falta de medicamentos nos hospitais moçambicanos
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O ministério da Saúde (MISAU) diz que há melhorias no fornecimento de medicamentos essenciais às diversas Unidades Sanitárias, mas durante o trabalho de monitoria ao sector da Saúde realizado pelo CIP apurou-se que grande número de utentes do serviço público continua a não receber os medicamentos receitados na quantidade certa e na hora certa.

Vezes sem conta cidadãos moçambicanos falam de dificuldades no acesso a medicamentos, sobretudo nas farmácias públicas.

"O meu pai está de baixa no Hospital Central de Maputo. Lá foi receitado dois tipos de medicamentos e o médico disse que o medicamento não existia na Farmácia do Hospital Central de Maputo", lamenta Estêvão Muchave.

Outro utente, Filipe Vilanculos, diz que a situação é grave nas zonas distantes das cidades, onde “a falta de medicamentos é comum” e muitos familiares queixam-se.

Jorge Matine, médico e investigador da CIP, diz que este problema alarmante está associado à precariedade da logística farmacêutica.

"O que vimos é que os depósitos distritais funcionam onde funcionam as salas de um hospital rural ou de um centro de saúde de referência, que são infraestruturas bastante precárias".

O ministério da Saúde reconhece estas fragilidades, porém António Assane, director da Central de Medicamentos, continua com promessas.

"Reconhecemos que há dificuldades, que há fraquezas no processo de gestão, que o relatório mostra claramente, mas há coisas que podemos ultrapassar", diz Assane.

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