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Ajuda da "troika" da SADC a Moçambique continua em debate


Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique e, em exercício, da SADC, Reunião da "troika" em Maputo
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique e, em exercício, da SADC, Reunião da "troika" em Maputo

Analistas dizem que Governo inclina-se a receber ajuda da SADC na reunião do próximo dia 23 em Maputo

A negociação do tipo de apoio que a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) deve prestar a Moçambique para fazer face à violência armada na província de Cabo Delgado vai dominar a cimeira da troika marcada para o próximo dia 23, na capital, moçambicana, havendo indicação de que Maputo já olha com bons olhos uma eventual intervenção da região.

A SADC tem estado a pensar na forma como ajudar Moçambique a combater o jihadismo naquela província do norte do país.

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O académico Paulo Uache diz que já não há dúvidas de que Moçambique aceita o apoio da SADC.

"Está claro que o Chefe de Estado diz que aceita, mas precisamos de negociar como é que vai ser essa ajuda, se em pessoas, meios ou logística, e eu penso que este é o grande assunto que vai ser debatido em profundidade durante a cimeira", diz Uache.

O Governo moçambicano tem estado a levantar a questão da soberania, defendendo a ideia de que não há nenhum Estado que é superior a outro, pelo que todos têm que dialogar, para que, de facto, só venha a Moçambique aquilo que o país precisa, e não aquilo que os outros acham que é importante.

Pauo Uache diz que este "este é o aspecto central, e os países da SADC e os outros parceiros de Moçambique estão preparados para aceitar esta posição de Moçambique, "porque têm sabido respeitar esta cláusula de soberania".

Por seu turno, o também académico Pedro Guiliche entende que a cimeira vai ser determinante, no sentido da definição do tipo de apoio que a SADC vai prestar e acredita que a mesma irá representar o reforço do desafio de capacitação da tropa moçambicana, principalmente ao nível dos fuzileiros, actividade que, aliás, já conta com o concurso dos Estados Unidos da América.

O Presidente mocambicano Felipe Nyusi tem dito que o seu Governo não recusou ofertas de ajuda, mas tem procurado encontrar os apoios que se adequam à realidade.

Nas últimas semanas, ele reuniu-se com os presidentes da África do Sul, da França e do Ruanda, bem como outros homólogos da SADC para discutir este assunto em separado.

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