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Comissão da União Africana tem pela primeira vez uma mulher como Presidente


Nkosazana Dlamini-Zuma vai substituir Jean Ping a frente da Comissão da União Africana
Nkosazana Dlamini-Zuma vai substituir Jean Ping a frente da Comissão da União Africana

A ministra do interior sul-africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, é a primeira mulher eleita para dirigir a organização pan-africana em 50 anos

A sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma assume as funções de presidente da Comissão da União Africana nesta segunda-feira.

Eleita em Julho para presidir a Comissão da União Africana, a ministra do interior da Africa do Sul, Dlamini-Zuma é a primeira mulher a assumir um tal cargo.

O Major-General Chris Pepani, embaixador sul africano na União Africana, que trabalhou com Dlamini-Zuma no ministério dos negócios estrangeiros de 1999 a 2009, descreve o seu estilo de liderança.

“Ela é profundamente estratega, uma pessoa que poderia descrever como sendo de substancia. E ela dá atenção aos detalhes e conduz as conversações. Acredita que na realização. Ela tem uma forte personalidade.”

Dlamini-Zuma somou muitos sucessos enquanto ministra da sáude, dos negócios estrangeiros e do interior na África do Sul. Mas o especialista em questões da União Africana, Mehari Taddele Maru diz que ser líder numa organização pan-africanista é algo de diferente.

“Há um enquadramento diferente, um mandato e actores diferentes e dinamicas políticas diferentes. Pelo que não podemos afirmar que o que ela conseguiu na Africa do Sul irá ser a mesma coisa, da mesma forma, que a mesma metodologia irá funcionar na União Africana.”

Dlamini Zuma prometeu tornar a União Africana numa organização mais efectiva, mas o especialista Mehari diz que ela terá que ter em conta quatro desafios para cumprir a sua promessa.

“A primeira coisa que deverá abandonar é a formulação de políticas, devemos parar com a criação de normas e dar início a política de implementação. A segunda coisa, é que há procedimentos. A burocracia interna tem que mudar. São necessários 3 anos para recrutar uma pessoa. A terceira, é a implementação do orçamento. A execução do orçamento é apenas de 39 por cento, e o restante 61 por cento está por ser executado. A quarta é concerteza o recrutamento. Até ao presente existe apenas 50 por cento do staff aprovado em 2003."

O factor género está também a dar enfase a liderança de Dlamini-Zuma, uma vez que desde a sua fundação há 50 anos, a organização pan-africana tem sido dirigida apenas por homens.
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