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Julgamento nos Estados Unidos destaca a pirataria em duas regiões africanas


Dois casos envolvendo americanos vítimas de pirataria na Somália e no Golfo da Guiné, despertam a atenção para os perigos de navegação marítima no continente africano.

Os especialistas afirmam contudo, haver diferenças significativas nas causas e respostas à pirataria ao largo da Somália e os incidentes na conturbada região do Golfo da Guiné, próximo da Nigéria.

Um juiz na cidade de Norfolk, estado da Virginia, condenou o cidadão somali Ahmed Muse Salad a 19 prisões perpétuas consecutivas ppelo seu envolvimento no assassínio de 4 americanos em 2011.

Salad fazia parte do grupo de piratas somalis que assaltou um iate americano no qual viajavam os proprietários e mais dois tripulantes. Os quatro americanos foram mortos a tiro apos o falhanço de negociações com a marinha americana.

Num outro caso, o Departamento do Estado informou que dois americanos que tinham sido raptados ao largo da Nigéria, no mês passado, acabaram por ser libertados. A porta-voz Jen Psaki saudou a libertação, mas deu poucos detalhes.

“Por razões de privacidade, não iremos fornecer informação adicional sobre os dois indivíduos ou sobre as circunstâncias de sua libertação.”

O Centro de Registos de Piratarias do bureau marítimo internacional anunciou que no geral os ataques de pirataria ao largo da Somália dominuiram desde o ano passado, devido ao aumento de patrulhas navais.

De Janeiro a Outubro deste ano foram reportados 11 incidentes incluindo dois sequestros naquela região. Quanto a Nigéria foram referenciados 30 incidentes no mesmo período do ano, incluindo dois sequestros.

James Bridger - consultor de segurança marítima na companhia Delex Systems - diz que o que por vezes é referenciado como pirataria na Nigéria é na verdade a extensão de actos criminosos ao alto mar.

“No Golfo da Guiné, em geral, é apenas o roubo de barcos ancorados, ou nos ancoradouros. É realmente um caso de oportunidades. Há também sequestros por razões de resgates tanto em terra como no mar.”

Bridger adianta que muitas das medidas de segurança em curso na Somália e que ajudaram a atenuar a pirataria não existem no Golfo da Guiné. Dá exemplo a ausência de seguranças armados nas águas territoriais da Nigéria em particular ou em todos os outros países da África Ocidental.
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