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Administração Obama enfrenta desafios urgentes da segurança em África


Obama presta juramento
Obama presta juramento

Os Estados Unidos são um dos maiores apoios financeiros da força de pacificação da União Africana na Somália

Quando o presidente dos Estados Unidos Barack Obama inicia o segundo mandato, a sua administração enfrenta desafios urgentes da segurança em África.

No topo da lista encontra-se o conflito no Mali, o que os analistas consideram que pode levar os Estados Unidos a repensar a estratégia de contra terrorismo em África.

Embora aparelhos não tripulados e de recolha de informações sobrevoem os céus de zonas de conflito em África, o presidente dos Estados Unidos tem-se envolvido pouco nas questões Africanas.

Durante o seu primeiro mandato, Obama efectuou uma única viagem a África – uma escala no Gana, que durou menos de 24 horas.

Mas a rebelião no Mali, alimentada pelo ramo da al-Qaida no Norte de África, pode colocar o desafio da segurança em África para um plano de maior destaque na agenda do segundo mandato de Obama.

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Paul-Simon Handy é o responsável pela divisão de prevenção de conflitos e análise de riscos no Instituto para os Estudos de Segurança na África do Sul.

“Penso que a administração Obama irá centrar as atenções naquela região do continente como constituindo um desafio global, não apenas na construção dos Estados, como um desafio do terrorismo mundial”.

Para fazer face à crise no Mali, os Estados Unidos vão enviar uma centena de pessoal militar para treino nos países da África Ocidental, que contribuem com tropas para a força militar regional que vai ser enviada para apoio do exército nacional maliano.

Embora a estratégia de contribuir para a capacidade dos militares africanos em vez de enviar tropas norte-americanas seja típico da resposta da administração Obama aos conflitos em África, nem sempre tem resultado.

No Mali, os Estados Unidos despenderam milhões de dólares durante a última década no treino de forças anti terrorismo, mas nem assim evitou a ocupação da parte norte daquela nação por militantes islâmicos.

Handy considera que para evitar erros passados, os Estados Unidos devem por mais esforço no envolvimento diplomático e no trabalho com os estados Africanos para a construção de instituições governamentais sólidas.

“Centrar as atenções no sector militar tem conduzido, em certa medida, ao retrocesso dos ganhos democráticos em algumas regiões como na África Ocidental”.

Entretanto, autoridades norte-americanas têm sido encorajadas pelo progresso político e de segurança feito na Somália nos últimos quatro anos, o que pode constituir uma pista como Washington pode lidar com África nos próximos anos.

Os Estados Unidos são um dos maiores apoios financeiros da força de pacificação da União Africana na Somália, enquanto Washington tem-se envolvido com políticos somalis no decurso do longo processo político.

Numa intervenção produzida a semana passada, o secretário de Estado adjunto Johnnie Carson afirmou que a estratégia da administração na Somália pode servir como possível modelo para a resolução de outros conflitos no continente africano.
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