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Advogado da família de estudante morto na manifestação de 11 de novembro responsabiliza Estado angolano


Inocêncio Alberto de Matos, manifestante assassinado em Luanda, Angola, 11 novembro 2020
Inocêncio Alberto de Matos, manifestante assassinado em Luanda, Angola, 11 novembro 2020

Dois processos deram entrada na justiça

Os advogados da damília do estudante Inocêncio de Matos, morto durante a manifestação de 11 de novembro em Luanda, entraram com um processo cível no Tribunal Provincial Dona Ana Joaquina e um processo-crime junto da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola para a competente investigação.

Nas duas participações os advogados exigem a responsabilização do Estado angolano pelo assassinato do estudante de 26 anos de idade.

O processo cível foi entregue na quarta-feira, 16, enquanto o processo-crime deu entrada adosi dias depois, 28, e em ambas Zola Bambi, um dos advogados da família Matos, aponta o dedo à Polícia Nacional e ao Estado.

“Está identificado o autor, é a própria policia, e o processo visa responsabilizar a polícia e o próprio Estado angolano”, diz Bambi que, no entanto, pretende identificar o autor ou autores materiais.

Por agora, a defesa não teve acesso ao relatório da autópsia realizada ao corpo de Inocêncio de Matos.

Morto

O estudante do 3° ano de Ciências da Computação, na Universidade Agostinho Neto foi mortalmente agredido na manifestação de 11 de novembro, convocada por activistas para protestar contra o desemprego e a favor das eleições autárquicas, e que foi duramente reprimida pela polícia.

Matos viria a falecer no hospital, mas o pai, Alfredo Matos, em entrevista à VOA, refutou a versão da polícia que recusou qualquer envolvimento no assassinato dele.

“Pelo que vimos, ele foi assassinado pela polícia, o meu filho não foi baleado, mas vê-se que foi torturado pela polícia”, afirmou Matos que pediu justiça para o filho.

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