O antigo secretário geral do MPLA, partido no poder em Angola, e general na reserva Julião Mateus Paulo “Dino Matross” está a ser acusado de ameaçar o advogado de defesa no processo de terras do conhecido caso Lar Patriota em que estão em litígio A promotora Lar Patriota e a Associação de Camponeses Ana Ndengue, em Talatona.
Matross é também acusado de estar envolvido na criação de uma sentença falsa de um tribunal onde trabalha a sua própria filha.
O general nega as acusações.
O caso remonta a 2002, “Dino Matross”, então secretário geral do MPLA mediou as negociações para aquisição das referidas terras.
O caso continua por decidir e o advogado de defesa Sebastião Assureira acusa “Dino Matross”, de estar envolvido na criação de uma sentença falsa da 1ª secção do Tribunal Provincial de Luanda onde trabalha a sua própria filha.
“É uma sentença cheia de vícios que levam a anulação da própria sentença e um dos vícios graves é a falta da assinatura da juíza, uma sentença elaborada na 1ª secção onde trabalha a filha do general Dino Matross”, sublinha Assureira.
O advogado, que tinha sido detido no mês de agosto por supostas ordens de "Dino Matross", diz temer pela sua vida porque “as ameaças de morte contra a minha pessoa continuam, com vista a abandonar o processo dos camponeses mas não vou abandonar”.
A VOA contactou Dino Matross que, sem gravar entrevista, negou qualquer acusação.
Sobre o mesmo assunto, em janeiro deste ano o também deputado negou estar em conluio com responsáveis da Cooperativa Lar Patriota e acusou os dirigentes da a associação Ana Ndengue e do Bairro Honga de “difamadores”.