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Adalberto Costa Júnior: "MPLA tem como aliado negativo, e espero que se desista disso, a questão da violência"


Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, com simpatizante em Benguela, Angola, 21 Abril 2022
Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, com simpatizante em Benguela, Angola, 21 Abril 2022

Em visita privada a Benguela, presidente da UNITA aponta sinais de instabilidade e uma imprensa sem pluralismo

O presidente da UNITA revelou nesta quarta-feira, 20, em Benguela, que o seu partido não pode cair em armadilhas orquestradas pelo MPLA no sentido de criar em Angola um ambiente de violência e instabilidade, capaz de dificultar o andamento de um processo eleitoral ainda sem garantias de transparência.

Adalberto Costa Júnior apela à não violência – 2:07
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Em visita privada, Adalberto Costa Júnior disse à VOA que o programa inclusivo do seu partido tem condições para triunfar, assinalando que conta com os angolanos para o fim do ciclo de governação com mais de 45 anos.

Num momento em que era interpelado por vários munícipes para saudações e fotografias, o presidente da UNITA deixou uma mensagem de "esperança na prosperidade", com críticas ao MPLA, partido no poder, devido ao que chama de armadilha para a violência.

“Nós já identificamos que o MPLA tem como aliado negativo, e espero que se desista disso, a questão da violência. Não só aos membros da UNITA, mas aos angolanos, eu faço um apelo: não coloquemos o nosso pé na casca de banana que nos querem colocar à frente, lá onde formos provocados façamos meia volta, não respondamos, para que cheguemos às eleições em ambiente de confiança”, disse o líder da oposição.

Costa Júnior, que tem vindo a negar ligações a activistas detidos por suposta prática de arruaças, voltou a acenar com a observação eleitoral para lá do continente africano, mas salientou que os angolanos devem ser os primeiros a fiscalizar o voto

“Temos estado a trabalhar há muito nesta matéria, no apelo a nível internacional para a presença de observadores eleitorais, mas também como a nível interno, temos muitas organizações que se devem envolver. A nós caberá preparar os nossos delegados de listas”, assinala o presidente da UNITA, acrescentando que “a imprensa deve cumprir com o seu papel, com a pluralidade, o contraditório e o debate entre os candidatos”.

Na Assembleia Nacional, já se discute, sob iniciativa do MPLA, a transparência eleitoral.

Ao justificar o debate, líder do grupo parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, realçou que o seu partido tenciona acabar com a narrativa da fraude, presente nas últimas eleições.

“Não queremos um processo baseado na narrativa da fraude, queremos transparência em todas as suas nuances, a nível dos actores, dos procedimentos legais e até da da participação da comunidade internacional”, garantiu o deputado na altura.

As eleições terão lugar no próximo mês de Agosto.

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