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Activistas preparam petição pública pela libertação de apoiantes da UNITA presos sem julgamento no Uíge


FOTO DE ARQUIVO Activistas organizam manifestação no Uíge contra governação MPLA. 20 de Março, 2021
FOTO DE ARQUIVO Activistas organizam manifestação no Uíge contra governação MPLA. 20 de Março, 2021

Detidos no município de Sanza Pombo, a 24 de Março, os 26 apoiantes do maior partido da oposição em Angola continuam sem ser julgados

Activistas e membros da sociedade civil na província angolana do Uíge preparam uma petição pública dirigida ao Governo provincial, núcleo provincial dos deputados e a Provedoria da Justiça para exigir a libertação dos que chamam "os 26 presos políticos" que se encontram detidos desde 24 de Março, na sequência de confrontos entre os militantes da UNITA e do MPLA ocorridos seis dias antes no município do Sanza Pombo.

Activistas protestam contra continua detenção de apoiantes da UNITA – 2:00
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Os subscritores do documento apontam a falta de transparência, princípio de equidade, violação dos direitos humanos e o excesso de prazo de prisão preventiva como os principais motivos para a petição pública.

Militantes da UNITA receiam circular na vila de Sanza Pombo
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"Nós estamos a agir como membros da sociedade civil, não estamos aqui a apoiar o partido X ou partido B, estamos atrás da justiça, em busca da justiça porque os que estão presos são cidadãos iguais a nós e têm direito à liberdade porque vários direitos deles estão a ser violados, se a justiça estivesse a agir com base na imparcialidade, com base em princípios da equidade, nós não estaríamos aqui, mas enquanto estiver em causa a violação dos direitos fundamentais nós, como sociedade civil, vamos levantar sempre a nossa voz sem olharmos para as cores políticas partidárias porque isso pode acontecer a qualquer um”, explica à VOA um dos organizadores da petição Firmino Filipe "Mam Filas".

Zonda Pedro, um dos signatários e activista, diz que o processo da petição pública “está em andamento, e entre segunda e terça-feira daremos a entrada do documento” e garante que se a carta não surtir efeitos vão “realizar vigílias” e “até manifestações".

A petição, segundo Lando Miguel Lundoloki, activista proveniente de Luanda, se não tiver resposta a nível local, seguirá para “o Ministério da Justiça e dos Direitos humanos e para a Procuradoria-Geral da República”.

A Procuradoria da República no Uíge ainda não se pronunciou sobre o andamento do caso que envolve os 26 apoiantes da UNITA detidos no município do Sanza Pombo, depois de confrontos com apoiantes do MPLA.

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