Angola subiu 13 lugares no Índice de Democracia 2022, publicado pela The Economist Intelligence Unit, uma empresa de pesquisas e análises do Economist Group, mas continua a integrar o grupo de "regimes autoritários".
Em Luanda, activistas dos direitos, no entanto, discordam da avaliação porque dizem não haver avanços democráticos.
Angola saiu da 122ª para a 109ª posição, no índice que agrupa os países em democracia plena, democracia imperfeita, regime híbrido, ou regime autoritário, consoante a pontuação registada de acordo com uma série de indicadores, numa escala de 0 a 10.
O presidente da Associação Justiça Paz e Democracia (AJPD), Serra Bango, diz que "na prática não corresponde à verdade".
A mesma opinião tem João Malavindele, coordenador da OMUNGA, quem entende estar-se "muito distante para a democratização do país".
A VOA contactou Rui Falcão, secretário para Informação do MPLA, mas sem sucesso.
Apesar de ter obtido no ano passado a pontuação mais alta de sempre, com 3,96 pontos, Angola mantém o estatuto de regime autoritário e encontra-se no 22o. lugar na África Subsaariana, que integra 44 países.
Os cinco factores analisados pelo The Economist Intelligence Unit são o processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do Governo, participação política, cultura política e liberdades civis.
Angola está entre os 14 Estados desta região que registaram um avanço da sua classificação (+0,59) e também integra o conjunto dos cinco que mais melhoraram, a par do Níger (+0,51), Senegal (+0,19), Togo (+0,19) e Malawi (+0,17).
A nação mais autoritária é o Afeganistão, que também já ocupava esta posição desde o retorno dos talibãs ao poder, aniquilando muitas das liberdades civis da população local, especialmente das mulheres.
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