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Activistas descontentes com prisão domiciliária


A flock of starlings fills the dusk sky over Rome, Italy.
A flock of starlings fills the dusk sky over Rome, Italy.

Albino Bingo Bingo e Nito Alves falaram com a VOA.

O activista Albano Bingo Bingo manifestou-se insatisfeito com a prisão domiciliária que cumpre a partir de hoje, 18, com os demais 15 activistas que estão a ser jugados em Luanda pelos crimes de rebelião e actos preparatórios de golpe de Estado.

“Queríamos ficar em liberdade com termo de identidade e residência, podendo ir apresentar a cada 15 dias”, defendeu Bingo Bingo numa curta conversa com a VOA no início da noite desta Sexta-feira em casa de Nito Alves.

Ele garantiu que os demais também não estão contentes com esta decisão.

Entretanto, Nito Alves limitou-se a dizer que ele e os demais réus vão respeitar a medida “sem makas” e agradeceu o esforço feito "pela sociedade angolana e a comunidade internacional" a favor deles.

As autoridades decidiram que Albano Bingo Bingo fique em casa de Nito Alves, contra a vontade dele, mas, ao que apurámos, a decisão terá sido por motivos de segurança.

Quatro polícias vigiam a casa de Nito Alves e assim deve continuar até o dia da sentença.

O julgamento será retomado a 11 de Janeiro e em quatro dias serão ouvidos o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) das Forças Armadas Angolanas (FAA), António José Maria, e dois tenentes-coronéis das FAA, Agatão Dongala Camate e Domingos Francisco.

Estes dois últimos são tidos como os autores dos vídeos que estão a ser usados pelo Ministério Público como prova contra os 17 arguidos.

O tribunal convocou também todos os membros do suposto Governo de Salvação Nacional que o Ministério Público considera ser uma das bases da acusação contra os 17 activistas.

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