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Activistas da Huíla comentam discurso do presidente


Vista geral da cidade do Lubango, capital da província da Huíla
Vista geral da cidade do Lubango, capital da província da Huíla

Eduardo dos Santos repetiu de maneira diferente o que já tem dito quando se dirige ao país, exceptuando o apelo ao diálogo

Sucedem-se as reacções a volta do último discurso à nação do chefe de estado angolano, José Eduardo dos Santos, proferido na abertura da última legislatura da Assembleia Nacional.

Na Huíla, o padre Jacinto Pio Wacussanga,coordenador executivo da ONG Construindo Comunidades, disse que Eduardo dos Santos repetiu de maneira diferente o que já tem dito quando se dirige ao país, exceptuando o apelo ao diálogo.

O pároco católico esperava,de entre vários aspectos,que o presidente Eduardo dos Santos fosse anunciar o processo de transição que culminaria com a sua retirada do poder.
Diz ele:“Eu esperava, por exemplo,que o presidente declarasse que encoraja o seu executivo em relação à liberdade de comunicação, concretamente em relação à Rádio Eclésia e tudo o que diz respeito às rádios comunitárias.Gostaria de ouvir o presidente anunciar que prepara um processo de transição do país para a sua própria retirada para que o país venha a ter uma outra liderança.Gostaria que o presidente se pronunciasse em relação a problemas difíceis,como é o caso de Cabinda, o caso das Lundas, a questão das entidades humilhadas. Não tendo se pronunciado sobre estes problemas significa que os seus conselheiros não o informam com exactidão e com honestidade sobre os focos de tensão que se estão a criar por causa de humilhações de pessoas e grupos ao nível nacional”.

E o activista Guilherme Santos, saúda o reconhecimento pelo chefe de Estado angolano para a necessidade de mais diálogo entre o governo e a sociedade.Para ele,este apelo deve ser aproveitado pela sociedade civil para despertar assuntos. Segundo Guilherme Santos:“Quando um chefe de Estado reconhece que há um défice de diálogo entre a sociedade e as pessoas que estão a governar, essa nova dimensão deve ser aproveitada pelas organizações da sociedade civil para puxar assuntos, para identificar a agenda, para promover mesmo o diálogo que tem outro tipo de implicações na linha da participação,o diálogo faz-se com a participação e, neste momento, é preciso,então,discutir quais são as novas formas de participação que nós vamos usar para promover esse diálogo”.

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