Activistas dos direitos humanos em Cabinda acusam as autoridades locais de pouco fazerem para controlar a entrada ilegal de cidadãos estrangeiros, particularmente da República do Congo e da República Democrática do Congo.
Os activistas Alexandre Kuanga, Arão Tempo e Clemente Cuilo reagem assim à recente revelação da polícia local de que 70 por cento dos cidadãos que se encontram presos na região são estrangeiros e estão implicados em vários crimes.
A corporação acrescenta que muitos estrangeiros que entram estão associados a grupos de malfeitores que têm praticado vários crimes.
Alexandre Kuanga defende que o Governo de Cabinda devia envolver as autoridades tradicionais e as associações cívicas locais no controlo dos estrangeiros, considerando que muitos deles entram com ajuda de elementos do polícia.
A propósito, o activista Clemente Cuilo aponta que a entrada de muitos estrangeiros é facilitada pelos próprios agentes da Guarda Fronteira.
Por seu lado, o jurista Arão Tempo acrescenta que muitos estrangeiros entram sem qualquer documento de identificação e que o facto de falarem a mesma língua e possuírem laços familiares complica ainda mais o seu controlo.