O activista cívico Manuel Nito Alves está no Brasil para representar Angola no 14º. Colóquio Internacional de Direitos Humanos, organizado pela Conectas Direitos Humanos O activista angolano de 19 anos de idade vai debater com mais de 50 jovens de 40 países a situação dos direitos humanos no mundo.
No evento que arranca nesta segunda-feira, 25, no Brasil, Nito Alves diz ter na bagagem um detalhado relatório sobre a situação de direitos humanos em Angola.
"No meu relatório tenho os nomes de vários comandantes policiais como comandante São de Viana, Lito Chuva, da Investigação Criminal, o senhor Ngola Kilo da DPIC, comandante Noticia e Frank do Rangel que serão apresentados à Amnistia Internacional quando debatermos a situação dos direitos humanos”, explico o activista, para quem aqueles comandantes cumprem ordens do Presidente José Eduardo dos Santos para impedirem manifestações anti-Governo, e de alguns generais como Kopelipa e Zé Maria, sem esquecer o general Filá que mandou matar Cassule e Kamulingue "
Nito Alves, que já esteve preso por expor cartazes em que chamou o Presidente angolano de ditador revelou à VOA que também vai mostrar os dísticos que tem usado e que foram alvo da fúria do regime. que para além do relatório leva também na bagagem os seus habituais dísticos.
O Colóquio Internacional de Direitos Humanos decorre de hoje a 29 do mês em curso no Brasil, organizado pela Conectas Direitos Humanos em parceria com a Human Rights Watch.
Neste ano, o tema central será os Direitos Humanos e as ruas e acontece em São Paulo, sede da Conectas, uma organização de defesa dos direitos humanos fundada em 2001.