Luaty Beirão, um dos 15 jovens acusados pela Procuradoria Geral da República de Angola de planificarem actos preparatórios para o cometimento do crime de rebelião e atentado contra o Presidente da República e outros membros do Governo, está com estado de saúde muito débil e os familiares temem o pior.
Depois da denúncia do grave estado de saúde de Luaty Beirão, vários activistas e jornalistas deslocaram-se nesta quinta-feira à cadeia de Calomboloca, onde se encontra, mas viram-se proibidos de visitar o activista.
Na base dessa recusa está o facto de Beirão encontrar-se na cela solitária e proibido de receber visitas, como punição por ter exigido respeito pelos seus direitos humanos.
Segundo Pedro Beirão, que viu o irmão na terça-feira, o seu estado de saúde agravou-se muito porque “já não consegue beber água e está muito débil”.
Pedro Beirão disse que a família apoia física e moralmente Luaty Beirão, mas em nenhum momento o activista aceitou parar a greve de fome, como os demais colegas.
“Em nenhum momento o Luaty mostrou-se que vai desistir porque insiste que passados os 90 dias de prisão preventiva devia-se rever a prisão e não se arrepende porque ele sabe que não cometeu crime algum”, explicou.
O activista Henrique Luaty da Silva Beirão está em greve de fome há 18 dias.
Engenheiro informático de 33 anos de idade, é acusado de quatro crimes, um de actos preparatórios para o cometimento do crime de rebelião e atentado contra o Presidente da República e outros membros do Governo, e três de falsificação de documentos, conforme a acusação.