O activista Marcos Mavungo, organizador de uma manifestação frustrada contra a alegada má governação e violação dos direitos humanos em Cabinda, detido desde sábado, vai a julgamento amanhã, 19.
Mavungo faz face a acusações de sedição que implica atentados contra a segurança do Estado.
O advogado Arão Tempo, presidente do conselho provincial da Ordem dos Advogados de Angola, em Cabinda, também foi detido no mesmo dia e foi acusado de sedição num processo separado.
O advogado José Damas, que acompanha o processo, mostrou-se indignado com a detenção de Tempo que disse estar a ser humilhado na cadeia onde se encontra.
As autoridades recusam-se a aceitar refeições vindas do exterior para Tempo que foi preso num posto fronteiriço angolano com a República do Congo, onde, segundo Damas, se tinha deslocado com um cliente.
O advogado acusa as autoridades de “fabricarem” panfletos que dizem ter sido encontrados na posse do colega ArãoTempo.
“Não encontraram nenhum documento no veiculo de Tempo,” disse o Damas, lembrando que, como presidente em Cabinda da Ordem dos advogados deveria gozar de “imunidade”.