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Acidente com cidadãos etíopes destaca a vulnerabilidade das fronterias moçambicanas


Tete, Moçambique,
Tete, Moçambique,

País integra a rota do tráfico humano com destino a África do Sul

O recente acidente de viação que provocou a morte de 12 etíopoes e ferimentos em outros tanto na província de Tete volta a colocar na agenda a questão da vulnerabilidade e porosidade das fronteiras moçambicanas.

Acidente com cidadãos etíopes destaca a vulnerabilidade das fronterias moçambicanas
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Vezes sem conta, as fronteiras moçambicanas são violadas por estrangeiros que procuram chegar a África do Sul, o “eldorado” para muitos cidadãos de países africanos.

Os Serviços Nacionais de Migração procuram apertar o cerco a estas situações, investigando casos como o que aconteceu no sábado, 16.

Para o analista Simão Nhambi este é mais um caso evidente da porosidade da fronteiras moçambicanas.

"O destino Moçambique de maior parte de estrangeiros da África do note é histórico porque já desde a década de 1990 aquando da criação do Centro de Acolhimento de Bobole, na província de Maputo, eles sempre preferiram Maputo como centro de paragem e depois disso poderiam alcançar o seu destino que são as cidades da África do Sul, sobretudo Joanesburgo e Durban", disse o analista para depois acrescentar que este caso "reflecte uma vez mais quão fácil para um estrangeiro entrar em Moçambique e revela a fragilidade em termos de segurança que o país se encontra".

Como exemplo, Nhambi aponta os recentes acontecimentos em Mocimboa da Praia em Cabo Delgado, em que "indivíduos armados, alguns identificados como sendo estrangeiros, penetram no país, cometem crimes, matam, queimam e vandalizam casas, colocando mais um desafio de segurança".

O desastre do passado sábado aconteceu na Estrada Nacional Número 304, no distrito de Tsangano, e o camião que transportava as vítimas estava carregado de tabaco pertencente à empresa Mozambique Leaf Tobacco.

"O camião entrou em Moçambique não se sabe ao certo de que fronteira, o caso ocorreu mas ainda está a ser trabalhado, está a ser investigado para que não sejamos precipitados", explicou Felizardo Jamaca, porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI).

Os feridos deram entrada no Hospital Distrital de Ulongué e foram transferidos para o Hospital de Tete.

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