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"A chave do sucesso do Brasil está na arrumação da casa", diz assessor de Obama


Jason Furman (Foto de Arquivo)
Jason Furman (Foto de Arquivo)

Jason Furman alerta que Dilma Roussef não deve contar apenas com os EUA.

“A chave do sucesso económico do Brasil não está fora, no mercado global, nem no mercado americano, mas sim na arrumação da própria casa”, defende Jason Furman, presidente do Conselho de Assessores Económicos da Casa Branca e homem-chave do presidente Barack Obama.

A três semanas da visita oficial da presidente brasileira Dilma Roussef a Washington, no dia 30, o economista afirma que os EUA estão dispostos a abrir mais o seu mercado para as exportações do país.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Furman considera que a visita de Roussef aos Estados Unidos está a ser aguardada com muita espectativa porque Washington vê a parceria com o gigante da América do Sul como “muito importante”. ria entre os EUA e o Brasil como muito importante para nossos países.

“O Brasil é um país muito importante na América Latina, uma das principais economias do mundo, assim, no plano económico, as discussões serão importantes”, reiterou o assessor de Obama.

Entretanto, para Furman, o crescimento no Brasil vai depender principalmente das escolhas que o Brasil fizer “e não de Obama”. Para ele, se a China acelerar vai ser um mercado para as exportações brasileiras, mas, avisa, que ninguém deve contar com demanda externa. “As reformas estruturais internas é que são a chave para todas as economias”, defendeu presidente do Conselho de Assessores Económicos da Casa Branca e homem-chave do presidente Barack Obama.

Americanos e brasileiros envolvidos nos preparativos da visita consideram que a retomada do diálogo ao mais alto nível constitui o ponto alto do encontro entre Barack Obama e Dilma Roussef, que, no entanto, resultará em laços mais sólidos e diversificados no futuro.

A visita ocorrernum momento em que o governo brasileiro realizou muitos cortes no Orçamento do Estado para 2015 e procura investidores estrangeiros para tentar estimular a economia nacional.

A programação ainda não está definida. Há no Governo brasileiro quem defenda que, além de Washington, Dilma Roussef deve ir à Califórnia, que abriga as principais empresas americanas de computação e é um dos Estados mais avançados na adopção de energias limpas.

A visita à Califórnia permitiria à Presidente procurar parcerias nesses sectores e reafirmar o seu discurso em prol da inovação tecnológica. Dilma Roussef também poderá encontrar-se com investidores em Nova Iorque.

Após longa negociação, o Governo brasileiro espera que os Estados Unidos anunciem a abertura do seu mercado para a carne brasileira in natura, ao mesmo que seria permitida a venda de carne americana no Brasil.

Com a medida, os frigoríficos brasileiros esperam poder concorrer não só nos Estados Unidos, mas principalmente derrubar as barreiras sanitárias em outros países que usam as agências americanas como referência, entre eles Coreia do Sul, Japão e México.

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