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Grandes expectativas pelo novo Papa - 2005-04-20


O chanceler alemão Gerhard Schroeder afirmou ter sido uma grande honra para a Alemanha o facto do cardeal Ratzinger ter sido eleito Papa. Disse que Bento XVI será um digno sucessor do Papa João Paulo II. O presidente alemão Horst Koehler congratulou-se com a escolha e afirmou existirem grandes expectativas pelo novo Papa.

Na Grã-Bretanha, o Arcebispo de Cantuária, chefe espiritual da Igreja Anglicana, acolheu com agrado a eleição do cardeal Ratzinger. O arcebispo Rowan Williams afirmou que a sua escolha tem também um grande significado para todos os cristãos.

Na Polónia, pais natal do Papa João Paulo II, muitas pessoas congratularam-se com a escolha do cardeal Ratzinger dizendo que ele vai seguir os ensinamentos do seu predecessor.

Mas na Áustria, um grupo defensor de um catolicismo mais liberal, avisou que o futuro da igreja católica ficará minado se o Papa Bento XVI não levar a cabo reformas. Hans Peter Hurkal, do grupo “Nos Somos a Igreja” disse haver uma clara exigência para reformas mas que a eleição do cardeal Ratzinger assinala a continuidade.

Relativamente à Ásia, desde a Austrália ás Filipinas, aquele continente tem uma forte mensagem para o novo Papa: ajudar a criar a paz e a harmonia no mundo.

Nas Filipinas, que possuem a maior população católica da Ásia e também uma comunidade minoritária muçulmana no sul do pais, lideres religiosos expressaram a esperança de que o Papa Bento XVI ajude a promover uma maior compreensão com outras religiões.

O arcebispo Rolando Quevedo, do sul das Filipinas, testemunhou décadas de conflitos religiosos, na sua jurisdição.

“Bento XVI pelo seu nome e pela sua visão de se tornar num Papa de paz e reconciliação encoraja os nossos esforços de paz e os nossos esforços de relacionarmo-nos com os não-cristaos, particularmente os muçulmanos.”

O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, cujo pais e predominantemente muçulmano, afirmou que o novo Papa poderá ter um importante papel em criar uma ponte entre as diversas religiões do mundo.

“Ele pode trazer harmonia.....no pensar do mundo que hoje esta dividido em todas as espécies de teorias de confronto de civilizações. Ele pode desempenhar um papel na supressão dessas atitudes negativas e levar um melhor ambiente em direcção a resolução das disputas.”

Mas alguns estão preocupados porque o novo Papa tem a reputação de ser um conservador e conhecido por se opor firmemente ao aborto, a clonagem humana, a ordenação de mulheres, a contracepção e ao casamento de homossexuais.

O ex-padre católico australiano e autor de livros sobre assuntos religiosos, Paul Collins, espera que o novo Papa possa ser uma força modernizadora. Cerca de um quarto dos australianos são católicos.

“Julgo que pelo facto dele ter obtido tão rapidamente o apoio do Conclave terá de ter conseguido o apoio da maior parte dos cardeais moderados para obter a maioria de dois terços. Para isso penso que ter-se-á comprometido a mover-se para uma direcção mais moderada e reconciliadora. No mínimo espero que isso seja verdade”, disse.

A Republica Popular da China – que cortou relações com o Vaticano há mais de 50 anos – disse esperar que o novo Papa trabalhe para melhorar as relações entre os dois estados.

Mas para alcançar isso, disse Pequim, o Vaticano deve cortar os seus laços com Taiwan e evitar intrometer-se nos assuntos internos chineses, “incluindo em nome da religião”. Pequim não autoriza que o Vaticano nomeie bispos na China.

A autorizada Igreja Católica Patriótica da China não reconhece a autoridade do Papa, mas existe uma igreja católica clandestina chinesa que segue o Vaticano.

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