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Tráfico humano no sudeste da Europa


Um estudo recente sobre o trafico humano no sudeste da Europa, revela que os países europeus necessitam de fazer algo mais para a protecção das vitimas, se de facto desejarem por cobro ao ciclo do trafico humano que afecta sobretudo as mulheres e as crianças.

O relatório, produzido conjuntamente pelas Nações Unidas e pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa foi levado a cabo em oito países do sudeste da Europa e mostra que as vitimas do trafico humano, deve-se oferecer assistência medica, acompanhamento psicologico,para alem de treino laboral.

De acordo com o estudo a maior parte das vitimas são jovens do sexo feminino, crianças que são aliciadas com ofertas de melhores condições de vida no ocidente.

O relatório revela ainda que as vitimas, são por vezes prometido bons empregos nos países da Europa Ocidental, promessas essas que acabam sempre por resultar em situações abusivas e de autentica escravatura.

Mesmo quando decidem abandonar a via proposta para chegarem a Europa, a maior parte das vitimas acaba sempre por sentir uma certa relutância em se aproximar das autoridades europeias, devido a receios de serem deportados para os seus países de origem, onde lhes aguarda na maior parte dos casos, a pobreza a discriminação, a ausência de educação e poucas perspectivas de emprego.

Madeleine Reese e a responsável pelos escritórios do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Bosnia Herzegovina.

Segundo esta funcionaria da ONU, a ausência de mecanismos de protecção adequados as vitimas,em muitos países europeus, acaba por tornar ainda mais difícil a já árdua tarefa de combate do trafico humano.

“ Na Bosnia, em muitas ocasiões tivemos mulheres que foram preparadas para apresentar o seu testemunho, mas que não a fizeram porque não lhes foram dadas qualquer protecção adequada na Europa do Leste. Portanto, está-se simplesmente a minar a credibilidade e a possibilidade a uma efectiva perseguição dos responsáveis por tais crimes.”- frisou Reese

Madeleine Reese cita a Itália como um dos poucos países com mecanismos de protecção para aqueles que estiverem dispostos a depor contra os gangs envolvidos no trafico humano.

Reese releva que o sistema italiano tem estado a funcionar de forma perfeita, o que segundo ela tem contribuído para a redução do trafico humano.

Para já um exemplo que de acordo com aquela funcionaria da ONU, os demais países europeus deveriam seguir.

O relatório que temos estado a fazer referencia apela por outro lado os governos europeus a adoptarem medidas contra a discriminação e a reverem as suas políticas sociais e de imigração.

O mesmo documento recomenda o reforço das medidas punição dos responsáveis por tais actos.

Os especialistas estimam que o total das pessoas traficadas para os países da Europa Ocidental ronda os cerca dos 100 mil, mas que apenas cerca de dez mil vitimas pediram, nos últimos anos, apoio às autoridades europeias.

Enquanto isso, oito cabo-verdianas foram recentemente detidas no aeroporto de Las Palmas, nas Ilhas Canárias , Espanha e acusadas de tráfico humano, quando tentavam entrar naquele território europeu com documentos falsos e acompanhados de vários menores.

As oito cabo-verdianas suspeitas de pertencerem a uma rede de tráfico de pessoas, principalmente menores, do continente africano para a Europa e que chegaram a Las Palmas, via Gana e o Senegal, admitiram ter falsificado os documentos mas negaram o envolvimento no tráfico de seres humanos, conforme a acusação das autoridades daquela região autónoma espanhola.

Cada uma das oito mulheres levava na viagem dois jovens menores do sexo masculino com quem não mantêm laços parentesco e todos com documentos falsificados.

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