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OMS aguarda análise sobre Marburg


A representante da Organização Mundial da Saúde em Angola, Fatomatou Binta Diallo disse à Voz da América que só depois das análises feitas se poderá dizer que se tenham registados casos de Marburg em Luanda.

Nos últimos dias foi notícia a ocorrência de pelo menos cinco casos, um dos quais de um cidadão que viajara do Uíje para Luanda. Fatomatou Diallou prefere esperar pelos resultados das análises.

A representante da OMS em Angola disse que embora ainda haja muito por fazer no Uíje, província onde teve início o surto, os peritos da OMS e do governo de Angola estão procurar controlar a situação.

Nesta sexta-feira era aguardado em Luanda equipamento que a OMS espera usar na contenção desta epidemia.

Fatomatou Diallo esteve durante dois dias no Uíje onde em companhia do vice-ministro angolano da saúde, José Vandúnem fez um levantamento da situação.

"Pensamos que estamos a controlar a situação através dos nossos expertos que estão no terreno juntamente com funcionários do Governo. Temos dois peritos no terreno trabalhando nos hospitais e ajudando as comunidades. Há ainda muito por fazer para se conter a epidemia, é preciso reafirmar a necessidade de se isolar as pessoas infectadas. Precisamos também de reforçar as condições nos hospitais e pedir às igrejas que ajudem na explicação sobre os cuidados a ter.”

A OMS espera contar também com o envolvimento de militares na mobilização de cidadãos. Entretanto de uma reunião com doadores realizada quarta-feira em Luanda saiu a promessa de mais assistência. A OMS registou também doações domésticas.

“Temos recebido muito, de dentro e de fora do país. O BCI vai disponibilizar 10 mil dólares. Recebemos também a palavra de Portugal, Espanha,Brasil. Os Estados já fizeram uma doação e prometeram enviar mais ajuda. Enfim, acreditamos que outras doações sejam feitas, quer por esta via, quer ao abrigo dos acordos bilaterais que ligam alguns países a Angola.

Fatamatou Diallo disse que está a ser feito um levantamento de todos os casos pelo que é muito provável que os números venham a subir.

Oficialmente foram registados 111 casos, que resultaram em 96 mortes.

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