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19 de Junho eleições presidenciais na Guiné-Bissau


O chefe de Estado guineense, Henrique Rosa, reuniu-se com os 27 partidos políticos legalizados na Guiné-Bissau e propôs de facto a data de 19 de Junho para a realização das eleições presidenciais.

Ouvida a sugestão, e após mais de seis horas de debate, os dirigentes políticos acabaram por nada decidir, devendo agora discutir a proposta com as respectivas comissões políticas e a Voz da América conseguiu apurar que uma nova reunião, esta em principio agendada com a Presidência da República na próxima quinta-feira.

Em Bissau, a Voz da América conseguiu igualmente apurar que a maior parte das comissões políticas dos partidos políticos, estiveram reunidos, para apreciar a data proposta pelo presidente, com vista a realização das eleições.

Sabe-se no entanto, que o líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, Carlos Gomes Júnior, também primeiro- ministro, propôs a data de 17 de Julho, como uma data alternativa.

O líder do partido do PAIGC, sustenta a opção do seu partido pelo facto de haver a necessidade do processo eleitoral sem grandes precipitações.

"É uma forma de não precipitar as coisas, uma forma que permita que se faça o recenseamento eleitoral de raiz, tal como a maioria dos partido exigiu, que os cadernos eleitorais sejam publicados e que os eleitores lesados possam reclamar", salientou Carlos Gomes Júnior.

Por seu lado, o secretário-geral do Partido da Renovação Social, o PRS, a maior força da oposição, Artur Sanhá, disse aos jornalistas e numa clara contestação da data proposta pelo PAIGC, que o encontro tinha servido para, e citamos, se descobrir a falta de vontade política do governo em realizar eleições.

Para Artur Sanhá insistiu na ideia de que a Carta de Transição Política, criada após o golpe de Estado de Setembro de 2003 " é para cumprir" e que, como tal, o presidente guineense deveria ter marcado a data das presidenciais com 90dias de antecedência, isto é, até 07 deste mês.

Enquanto isso, as três principais forças políticas do Parlamento guineense defenderam hoje a necessidade urgente de o país amnistiar todos os crimes de natureza político-militar ocorridos na Guiné-Bissau desde 1980, abrangendo todos os golpes de Estado.

A posição dos partidos para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), da Renovação Social (PRS, líder da oposição) e Unido Social-Democrata (PUSD, terceira força mais votada no país) foi tornada publicada pelos respectivos lideres parlamentares.

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