Uma fonte do Departamento da Defesa, que solicitou o anonimato, indicou que cinco países da NATO recusaram autorizarem os seus oficiais a operar no Iraque sob os auspícios da Aliança Atlântica, e mesmo em alguns casos participar no planeamento de operações no Iraque como no treino das forças de segurança.
Aquela fonte sublinhou que no passado, os membros da NATO permitiram aos seus oficiais estacionados na sede da Aliança prestarem apoio a operações ainda mesmo que os seus países se tenham oposto a tais iniciativas, ate mesmo quando recusaram enviar tropas para participar. Todavia, a mesma fonte indicou que no caso da guerra do Iraque, conflito a que se opuseram alguns membros da NATO, a realidade foi diferente, e por isso a situação necessita de ser corrigida.
A individualidade do Pentágono não referiu o nome das nações que instruíram os respectivos oficiais a não participarem em qualquer actividade relacionada com o Iraque. No entanto fontes da NATO referiram que no passado a Alemanha, a Espanha, a Bélgica, o Luxemburgo e a Grécia assumiram uma tal atitude, enquanto outras nações como a Polónia e a Hungria aderiram a coligação liderada pelos Estados Unidos.
Embora alguns países da NATO que não aderiram à coligação ainda assim concordaram em participar nas iniciativas de treino das novas forças da segurança iraquiana, algumas tendo enviado para o Iraque instrutores, outros prestando assistência apenas no exterior, e ainda outros contribuindo com dinheiro e equipamento. A nossa fonte precisou que os Estados Unidos esperam uma maior cooperação no programa de treino agora que o Iraque efectuou a primeira eleição nacional.
A Aliança Atlântica está comprometida em ajudar ao treino das forças iraquianas, e a entidade do Pentágono sublinhou que a totalidade dos oficiais da NATO, independentemente da sua nacionalidade devem ser obrigados a participar da totalidade dos programas da Aliança. Acrescentando que as posições na NATO são ávidamente procuradas pelos estados membros, e uma vez preenchidas os oficiais devem cumprir a sua tarefa.
Tais restrições, sublinhou a fonte afectaram, o ano passado, a operação de paz no Kosovo durante a violência étnica, quando soldados e oficiais de alguns países não foram autorizados a conduzir controle de amotinados, e outros não foram autorizados a deixar os seus sectores para responder a crise.
A questão da participação dos oficiais da NATO na totalidade das actividades será apenas um dos diversos temas que o secretario Rumsfeld vai debater, em Franca, na quarta e quinta feira, com os seus homólogos da defesa. Os mesmos responsáveis vão igualmente reunir com o ministro da Defesa russo para debate da cooperação na guerra contra o terrorismo e outros assuntos.