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Ajuda ao desenvolvimento de África


O presidente francês Jacques Chirac apelou a um significativo aumento da ajuda ao desenvolvimento de África, alegando que a globalização da economia mundial requer a solidariedade dos países ricos do planeta para com as nações mais pobres.

Falando aos participantes do Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, Chirac disse que vai propor novos impostos internacionais para a angariação dos fundos necessários ao apoio das economias das nações mais pobres.

O presidente francês disse ser um imperativo moral dos países ricos aliviarem a pobreza no mundo.

Falando através do sistema vídeo conferencia , desde a capital francesa Paris, Chirac disse que os países africanos têm poucas chances de conseguirem o sucesso económico alcançado pela China, onde ha precisamente uma década e na sequência de um imparavel crescimento económico, milhões de pessoas foram resgatadas da pobreza.

Para o presidente francês, a África necessita de mais ajuda ao crescimento económico e ao combate da epidemia da Sida.

Aquele líder europeu salientou ainda que para se atingir as metas propostas pelo Desafio do Milénio, que passa pela redução da pobreza no mundo, em 50 por cento ate o ano 2015, a ajuda ao desenvolvimento precisa atingir a fasquia dos 50 mil milhões de dólares. Mas Chirac advertiu que o sector privado precisa igualmente ser mobilizado.

“Proponho que os países largamente desenvolvidos, instituíam um incentivo para estimular e encorajar as doações privadas ao desenvolvimento. A grande onda de solidariedade que surgiu na sequência do tsunami no Oceano Indico demonstrou que as pessoas estão dispostas a doar. Esta tendência voluntária não e apenas limitada às pessoas individuais. Pode igualmente ser aplicado ao nível dos grandes intervenientes na economia mundial” - disse o líder francês

Numa controversa proposta, o presidente francês Jacques Chirac sugeriu a institucionalização de uma taxa de solidariedade internacional, de cariz voluntário, a ser aplicado a determinadas transações.

De acordo com o líder francês, por cada um dólar cobrado a um bilhete de avião, poderia se angariar três mil milhões de dólares ao ano.

O apelo do presidente Jacques Chirac foi entusiasticamente acolhido pelos africanos, presentes entre os dois mil e quinhentos participantes, no Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça.

Gertrude Mongella, a parlamentar tanzaniana que lidera o parlamento pan-africano saudou de forma entusiástica a proposta de Chirac no sentido de uma maior onda de solidariedade internacional para com a África.

“Costumo ir a reuniões onde a África não e nem sequer mencionada uma só vez... Mas ele conseguiu pensar em África. A minha preocupação agora e se o G8 vai aproveitar a dica” conclui aquela parlamentar africana.

O primeiro ministro britânico, Tony Blair também dirigiu a palavra aos participantes do Fórum de Davos em apoio às economias dos países africanos.

Blair deixou claro que a próxima cimeira do grupo de países mais industrializados do planeta, mais a Rússia, os G-8 vai em principio dar uma maior atenção aos problemas de África.

“Não existem duvidas de que um incremento da ajuda e essencial. Por isso a Grã Bretanha propôs a duplicação da ajuda” - disse Blair.

O primeiro ministro Tony Blair mostrou-se igualmente favorável a um plano de perdão da divida aos países africanos mais pobres.

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