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Lei do Uniforme - 2004-12-01


O líder do Senado do Paquistão assinou a chamada “Lei do Uniforme”, removendo o ultimo obstáculo à permanência de Musharraf como chefe das forças armadas.

O presidente paquistanês tinha prometido deixar a liderança militar ate ao final do corrente ano, mas tinha dado a entender de uma forma muito clara nos últimos meses que tinha entretanto mudado o seu pensamento. Agora pode mudar legalmente.

A aliança paquistanesa da oposição de partidos religiosos conservadores - conhecida por MUTAHIDDA MAJLIS-E-AMAL ou MMA – esta muito irritada.

Membros seus disseram que o presidente Musharraf esta a renegar um acordo com o MMA feito no ano passado, segundo o qual eles apoiavam poderes mais alargados para Musharraf em troca do seu abandono da chefia dos militares.

A aliança dos partidos religiosos conservadores paquistaneses e de opinião de que os dois cargos de Musharraf lhe dão muito poder e ameaça conduzir a democracia no Paquistão em direcção a uma ditadura militar.

Lideres da MMA tem efectuado manifestações e vão realizar um ultimo comício no dia 19 de Dezembro para pressionar Musharraf sobre o assunto. Prometeram iniciar um movimento de protesto se os seus pedidos forem ignorados.

Mas o comentador político Ayaz Amir afirmou que o MMA tem pouco poder em termos de mobilizar apoio popular.

“O impacto deles e limitado. Eles representam uma franja do espectro político paquistanês, não representa a maioria”, disse Ayaz Amir.

Amir acrescentou que a comunidade internacional não se devera juntar aos críticos de Musharraf que o acusam de ser antidemocrático, dão o seu apoio à guerra contra o terrorismo.

“Se pararmos a cooperação na luta contra a al-Qaida, então será levantada a questão dos perigos para a democracia no Paquistão. Mas antes disso não.”

O general Musharraf tomou o poder no Paquistão através de um golpe de estado sem derramamento de sangue em 1999 e foi depois eleito presidente através de um referendo.

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