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Roteiro da Paz tem apoio internacional - 2004-11-18


O Roteiro da Paz, que tem apoio internacional, tem estado adormecido desde que foi apresentado pelo Presidente Bush há cerca de ano e meio atrás. Nem Israelitas nem Palestinianos chegaram a cumprir a primeira fase do plano. Israel e os Estados Unidos responsabilizavam Yasser Arafat pela ausência de progressos. Os Palestinianos responsabilizavam Israel, ... mas desde a morte de Arafat, na semana passada, a questão de renovar o processo de paz voltou a ocupar lugar de destaque. O presidente Bush pouco adiantou a semana passada sobre o tema, no decurso de uma conferencia de imprensa na Casa Branca.

“Espero que seja possível fazer progresso. Penso ser importante que os nossos amigos em Israel tenham um estado Palestiniano pacifico na sua fronteira. E muito importante para o povo Palestiniano possuir a esperança num futuro em paz.”

O primeiro ministro israelita, Ariel Sharon, falou igualmente do renovar do processo de paz após a morte de Arafat, numa altura em que sublinhou o Médio Oriente chegou a um ponto de viragem. Sharon acentuou que Israel irá continuar a procurar a paz com os Palestinianos, acrescentando que a nova liderança terá de demonstrar seriedade na contenção do terrorismo.

Israel e os Estados Unidos desde há muito acusavam Yasser Arafat de apoiar os ataques contra os Israelitas, sustentando que Arafat não era um parceiro para a paz, tendo-se recusado a dialogar com o dirigente palestiniano.

Os Palestinianos tem uma posição diferente, com as sondagens de opinião a indicar que uma vasta maioria dos inquiridos considerando que Sharon constitui um obstáculo para a paz.

Um sociólogo Palestiniano, da Universidade Birzeit, em Ramallah que realiza frequentes sondagens de opinião publica, recusa a posição de Israel e dos Americanos de que Yasser Arafat não era um parceiro para as negociações de paz.

Segundo aquele especialista ... negoceia-se com os inimigos, não com os amigos, e os palestinianos não gostam de negociar com Sharon, mas não tem alternativa, pois ele foi eleito para o cargo. Os Palestinianos estão bem cientes que a morte de Arafat traz novas oportunidades.

Segundo Mahmoud Labadi, director geral do Conselho Legislativo Palestiniano, Yasser Arafat fora considerado irrelevante pelos Israelitas e os Americanos, sendo de esperar que mudem de atitude e comecem a dialogar com a nova liderança Palestiniana.

Mahmoud Abbas, antigo primeiro ministro, líder interino da OLP, e tido por muitos como sendo potencialmente o sucessor de Arafat e considerada um reformador e um moderado, que tem denunciado os ataques de militantes contra Israel.

Embora Abbas conte com o apoio de Washington, possui pouco apoio entre os Palestinianos, e segundo o sociólogo da Universidade de Ramallah ... isso constitui um problema real no que diz respeito a negociações de paz. Para este especialista Abbas não possui a popularidade necessária para levar avante tal projecto com Sharon e com os Estados Unidos. Terá de ser popular e terá de ser apoiado pela população, para conseguir levar o processo a bom termo.

O Presidente Bush afirma que a democracia é um requisito prévio para um futuro estado Palestiniano. Os dirigentes Palestinianos referem que vão organizar eleições para a escolha a 9 de Janeiro, do sucessor de Arafat.

Abbas tem estado a negociar com grupos de militantes a suspensão da violência e assegurar uma transição ordeira do poder. Israel reduziu as acções militares nos territórios Palestinianos e indicou que poderá coordenar com os Palestinianos a planeada retirada da Faixa de Gaza.

O ministro dos estrangeiros israelita, Silvan Shalom falou recentemente de se encontrar a porta de uma nova era muito promissora, mas acentuou que os Israelitas não devem ter grandes esperanças.

Shalom sustenta que mesmo uma nova liderança, moderada Palestiniana não ira, necessariamente aceitar a posição de Israel, por isso as negociações não serão fáceis, talvez mesmo muito difíceis. Tal não impede, destaca Shalom, tentar pois se as negociações tiverem êxito será uma mudança histórica que pode alterar não apenas o Médio Oriente, como o mundo.

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