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A orientação do eleitorado norte americano que se divide - 2004-11-08


Analistas políticos têm sublinhado a orientação recente do eleitorado nacional que se divide entre os proponentes dos valores morais e religiosos, e os outros. Stephen Wayne, Professor da Universidade de Georgetown, em Washington, têm desde há muito estudado a história das eleições na América. Disse o seguinte:

‘ ... Essencialmente, quanto mais o eleitor frequenta a igreja ou a sinagoga, mais provavelmente esse eleitor vota republicano. Por outro lado, quanto menos o eleitor frequenta a igreja, ou nunca lá vai, mais provavelmente também votará pelos democratas. Assim, muito claramente, as pessoas com maior inclinação religiosa, muito provavelmente se sentirão atraídas pelos republicanos e pelo seu credo político....

Mas, por outro lado, Allan Lichman, Professor da História dos Estados Unidos na Universidade Americana, em Washington,diz que não apenas a religião, mas também a raça desempenha o papel nas eleições americanas, enquanto, por sua vez, o Presidente Bush reconhecia as cisões que existem entre as varias denominações religiosas, quando disse:

“ ... Serei vosso presidente não obstante as vossas orientações religiosas. Não espero que concordem comigo necessariamente à base das nossas orientações religiosas. Na realidade, nenhum presidente têm tentado impor a sua religião a nossa sociedade....

Os eleitores preocupados acerca da religião, citaram questões tais como o aborto e casamentos do mesmo sexo, ilegalizados em 11 estados dos que votaram por maiorias esmagadoras pelo candidato republicano, George Bush.

Durante a campanha, o candidato presidencial democrata, John Kerry, visitou com frequência igrejas dos africano-americanos, onde tentava convencer os eleitores deste grupo que também ele partilhava das suas crenças crenças religiosas, citando a bíblia:

‘... O que significa, irmão, dizer que tens fé... mas o que significa, irmão, dizer que tens fé... mas sem obras?... a fé sem obras é uma fé morta....

Mas o estrategista político dos Democratas, Paul Begala, reconheceu que o seu partido minimizou o impacto da religião e dos valores morais:

“ ...os democratas, o meu partido, devem fazer melhor no que respeita aos valores culturais dando-lhes a importância que merecem....

Por sua vez, o ex-governador da Pennsilvania, Ed Rendell, disse que os democratas devem ajustar-se a esta estratégia ou correrem o risco de mais derrotas, enquanto muitos lideres democratas receiam que a reeleição de Bush conduza a maior vigor e ressurgimento do Partido Republicano, impondo valores morais e religiosos como critérios da política do governo.

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