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Arafat afirma ... Colaboradores cometeram erros inaceitáveis - 2004-08-18


Num discurso aos elementos do parlamento palestiniano, realizado na cidade de Ramallah, Arafat afirmou que alguns dos seus colaboradores cometeram erros inaceitáveis e abusaram do poder.

“Foram adoptadas acções erradas ... por parte de algumas instituições, algumas das quais foram irresponsáveis e constituíram abuso das posições” sublinhou Arafat acrescentando que “ninguém está imune de cometer erros, ate mesmo eu”.

Não identificou qualquer pessoa nem forneceu detalhes da natureza dos erros e dos abusos cometidos.

Os comentários foram os mais directos desde o inicio do levantamento iniciado na Faixa de Gaza em Julho passado, ficando a constituir uma rara admissão por parte do dirigente palestiniano de que ele mesmo cometeu erros.

Arafat reconheceu igualmente graves falhanços na aplicação da lei e da ordem tanto na Cisjordania como na Faixa de Gaza, e prometeu apoiar as iniciativas que visem melhorar a situação. Referiu Arafat ser necessário avançarem juntos para corrigir e reformar a totalidade dos erros cometidos, sem ter feito qualquer menção a acções especificas a serem adoptadas.

Arafat tem sido objecto de crescente criticas internacionais por não ter reformulado a Autoridades Palestiniana, em particular os serviços de segurança, considerados corruptos e ineficazes.Todavia a maior parte das criticas que tem enfrentado são provenientes da própria comunidade palestiniana.

Apesar dos apelos no sentido de reduzir o controle que detêm sobre algumas instituições em particular o aparelho da Autoridade Palestiniana, tem mantido sobre elas uma mão de ferro.

A nomeação o mês passado de um familiar para uma posição superior no sector da segurança na Faixa de Gaza, desencadeou violentos protestos a que se seguiu uma onda de raptos. Arafat viu-se forçado a retirar a nomeação.

Durante a intervenção perante a legislatura, Arafat apelou aos Palestinianos para manifestarem solidariedade com os elementos detidos em cadeias israelitas que participavam num dia de jejum. Cerca de mil e quinhentos dos cerca de sete mil palestinianos em prisões israelitas iniciaram, no passado domingo, uma greve de fome, para melhorar as condições de detenção.

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