Dirigentes militares no Congo convocaram para Kinshasa responsáveis regionais, após centenas de civis terem fugido da cidade de Goma, por recearem a eclosão de guerra.
Uma calma relativa regressou a Goma, mas a crise está longe de se encontrar resolvida pois os rebeldes permanecem na região.
A crise da zona leste do Congo continua mas o pânico desapareceu, e sendo muito menor o numero de pessoas que se apinham nas embarcações que deixam o porto de Goma, sendo de esperar que as conversações realizadas nos últimos dias possam resultar numa solução pacifica.
Entretanto a sul de Goma continuam a ocorrer confrontos com o comandante rebelde a permanecer no seu reduto, não existindo solução evidente para uma crise que abalou o processo de paz iniciado o ano passado, após o termo oficial de cinco anos de guerra civil.
O conflito na Republica Democrática do Congo envolveu seis países vizinhos, e custou a vida a três milhões de pessoas, essencialmente devido a doenças e a fome.
O general rebelde Nkunda e o coronel Congoles Tutsi Jules Mutebusi capturaram, no inicio de Junho, a cidade de Bukavu, situada a uma centena de quilómetros para sul de Goma, sustentado ter actuado para por termo ao genocídio que alegadamente estava a ser realizado contra os tutsis pelo comandante militar da região.
As Nações Unidas consideraram falsas as acusações de genocídio, tendo os dois renegados deixado Bukavu sob intensa pressão nacional e internacional, tendo o coronel Mutebusi fugido para o vizinho Ruanda.
O general Nkunda tinha se instalado numa base próximo de Goma, e a semana passada forcas leais ao governo de Kinshasa tem estado a avançar para a sua posição.
Confrontos esporádicos tem ocorrido, tendo as especulações sobre um eminente confronto com o general Nkunda aumentado de intensidade, conduzindo ao pânico em Goma.
A volatilidade foi aumentada pelo facto de Goma ser dirigida por autoridades militares, membros do mesmo antigo grupo de dissidentes rebeldes, cuja lealdade tem sido posta em duvida.
O partido denominado RCD – Goma foi apoiado pelo Ruanda, durante a guerra civil, e embora integre agora o profundamente dividido governo de transição, muitos elementos de linha dura simpatizam como general Nkunda.