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Não se trata de uma corrida contra o tempo - 2004-07-14


O Ministro queniano do Planeamento e Desenvolvimento Nacional, Anyang´Nyong´o, disse à Voz da América que o Quénia está bem encaminhado no processo da sua revisão constitucional:

“Se olharmos para os outros países que atravessaram períodos de transição, do autoritarismo à democracia, levaram dois anos e mais para adoptarem novas constituições. A Polónia, por exemplo, levou 10 anos , para se chegar a uma nova constituição. O mais importante é uma constituição que o possa governar o país durante muito tempo...

O novo governo queniano assumiu o poder em Dezembro de 2002,prometendo uma nova constituição dentro de 100 dias.

Uma assembleia constitucional nacional aprovou um projecto de constituição em Março último, tendo o Presidente Mwai Kibaki afirmado, na altura, que a versão final seria apresentada ao país até 30 de Junho.

No principio de Julho, multidões iradas de quenianos saíram para as ruas em manifestações de protesto contra o atraso. A policia respondeu disparando gás lacrimogénio, canhões de agua e balas reais contra os manifestantes.

O Ministro Anyang´Nyong´o disse que as manifestações significam o progresso do Quénia, de um governo ditatorial para a democracia:

“Numa sociedade aberta, pode-se esperar que as pessoas se manifestem, sendo a manifestação parte da liberdade da expressão de ideias. Em todas as partes do mundo as pessoas se manifestam por varias razões. O que aconteceu no Quénia não é nada estranho....”

O Ministro Nyong´o foi um dos oradores durante o fórum que examinou as preparações no Quénia do processo do chamado Mecanismo de Revisão de Paridade em África.

O mecanismo é uma iniciativa voluntária da União Africana que se destina a monitorar e orientar os países-membros na sua actuação nos domínios político, económico e social.

A iniciativa está integrada no programa da chamada Nova Parceria da União Africana para o Desenvolvimento da África, NEPAD.

Analistas afirmam que o mecanismo de revisão poderá encorajar investimentos para o desenvolvimento do Continente.

O Quénia juntou-se a outros, mais de 20 países africanos, que assinaram a iniciativa de revisão de paridade.

O processo entrou em vigor no Ghana e no Rwanda.O Quénia,o Rwanda,o Ghana e as Mauricias tinham sido os primeiros a constituir o grupo.

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