Quase cinco milhões de pessoas em todo o mundo foram contaminadas com o vírus da sida em 2003, segundo a ONUsida, que destaca a propagação da epidemia em África, região onde vive 60 por cento da Humanidade.
A epidemia mantém-se uma catástrofe para a África sub- sahariana, segundo o relatório da ONUsida, publicado antes da 15ª conferência internacional sobre a Sida em Bangkok naTailândia, que decorre de 11 a 16 de Julho.
Até ao fim de 2003, viviam no mundo inteiro cerca de 38 milhões de pessoas contaminadas com HIV, entre as quais 25 milhões na África.
A Sida fez três milhões de mortos em 2003, sendo que três em cada quatro vítimas mortais da doença são africanos.
Desde a conferência sobre a sida de 2002, em Barcelona, mais de nove milhões de pessoas foram infectadas e seis milhões morreram devido ao síndroma.
Segundo os dados do ano passado, apenas uma em cada dez pessoas infectadas tinha acesso aos cocktails terapêuticos anti-virais que lhes asseguram a sobrevivência.
Na Ásia, onde vive 60 por cento da Humanidade, a situação é particularmente preocupante.
Segundo o relatório da ONUsida, número real de pessoas com HIV não só não diminuiu, como a epidemia continua a progredir.
Os jovens dos 15 aos 24 anos constituem metade de todas as novas infecções no mundo.
Segundo a ONUsida, o número de pessoas infectadas está também a aumentar nos Estados Unidos e na Europa ocidental.
Por outro lado, o preço anual de base que cada paciente tem de pagar pelo cocktail de anti-retrovirais caiu de forma significativa, passando dos 10.000 a 12.000 dólares em 2000 para 300 dólares de uma combinação de genéricos.
A ONUsida estima que será necessário gastar 12 mil milhões de dólares por ano, até 2005, para conseguir lutar contra a Sida nos países em desenvolvimento.
A Sida já causou mais de 20 milhões de mortos no mundo inteiro desde que os primeiros casos foram identificados em 1981.