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UNITA diz-se perseguida - 2004-06-30


Os alegados casos de intolerância contra a UNITA vieram uma vez mais ao de cima com relatos de oito deputados do «galo negro»que esta terça-feira apresentaram em Luanda a sua versão sobre os últimos incidentes registados no Huambo, no Kuando Kubango e no Cunene.

Declararam terem sido agredidos por por populares aquando de uma missao de serviço do seu partido no início deste mês. Durante uma conferência organizada pela UNITA o deputado Leonardo Tequila, acusou o MPLA de ter organizado grupos de adeptos seus para molestar e agredir fisicamente os dirigentes da UNITA. Garantiram que em todos os actos a polícia se manifestou incapaz de impedir os manifestantes ao mesmo tempo que dirigentes locais do MPLA incitavam à violência.

Benísio Sulukombo também contou a sua versão ..

“Os acontecimentos mais acentuados registaram-se na comuna da Galanga onde uma manifestação devidamente organizada impediu que realizassemos uma reunião do partido. Um grupo de homens de tronco nú, armados de paus, catanas e pedras rompeu o cordão policial e agrediram-nos brutalmente . Partiram os vidros de algumas viaturas da administraçao local e da UNITA”.

Os manifestantes só foram dispersos com disparos de armas feitos pela polícia. É muito estranho que não houvesse alguém por detrás do que aconteceu. Como poderiam saber que estávamos lá”.

Leonardo Kutequila, deputado da UNITA à Assembleia Nacional ficou marcado com o que aconteceu no município do Londuimbali na província do Huambo. «Para além dos ferimentos, levei uma pancada no braço esquerdo e na anca.Rasgaram-me o fato durante a agressão.

Os deputados desafiam os dirigentes do MPLA nas províncias do Huambo, Kuando Kubango e do Kunene a provarem que não incitaram os seus adeptos a protagonizar os actos descritos.

Refira-se que os alegados actos de intolerância foram recentemente denunciados num memorando feito circular recentemente pela direcção da UNITA em Luanda.

Entrevistado pela Voz da América na altura o secretário do MPLA para os assuntos políticos, Júlio Martins havia negado tais acusaçoes sob o argumento de que se o seu partido optasse por tal comportamento estaria a agir contra os seus próprios interesses.

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