Três deputados da Unita foram recentemente impedidos de desenvolver as suas actividades políticas na localidade de Kaiundo na província do Kuando-Kubango.
Segundo denuncia do deputado do Galo Negro, Mariano Sozinho um dos três que se deslocou ao Kuando-Kubango, os tumultos que envolveram simpatizantes daquele partido, e alguns alunos supostamente orientados pelo seu director de escola e por elementos da JMPLA, tiveram como consequência a destruição de casas dos simpatizantes da UNITA, e o roubo de mercadorias que os deputados levavam para aquela localidade do Kuando-Kubango.
Apesar de alguma protecção de agentes da policia de ordem pública, a situação naquela localidade ficou incontrolável mesmo depois de tentativas que visavam a sua contenção.
Para Mariano Sozinho actos de intolerância política no Kuando-Kubango, principalmente contra os militantes e simpatizantes da UNITA, e que têm como protagonistas elementos afectos ao MPLA são frequentes.
“... na Segunda-feira dia 14 estivemos no Kaiundo, onde encontramos uma situação tumultuosa pois, o director de uma escola local, senhor José Samba Kiamba, orientou os alunos a fazerem manifestações contra nós, houve destruição de casas dos nossos simpatizantes, roubaram-nos toda a comida assim como alguns haveres que nós tínhamos levados para os nossos militantes...”
A direcção da UNITA não descarta a possibilidade de pedir responsabilidades criminais aos autores desses actos.
Apesar de o governador de Kuando-Kubango ter sido indicado pelo Galo Negro no quadro do Governo de Reconciliação Nacional, Mariano Sozinho acredita que os frequentes actos de intolerância política naquela província, não são totalmente isolados tendo por isso a mão dos responsáveis governamentais ou do partido no poder, o MPLA.