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Cabindas encontram interlocutor válido - 2004-06-10


Representantes dos vários matrizes da sociedade civil de Cabinda encontraram finalmente o interlocutor válido para discutir com o governo uma solução para a crise militar e social que assola aquela província.

A Voz da América apurou que sob o olhar da Mpalabanda-Associação Cívica de Cabinda e de representantes das Igrejas Católica e Evangélica, foi assinado no princípio desta semana em Paris, França, um acordo entre as representações da FLEC-FAC e FLEC-Renovada que prevê a plataforma que deverá orientar as acções junto do governo.

O secretário-geral da Mpalabanda, Agostinho Chicaia, que confirmou esta novidade, afirmou que a iniciativa de juntar a guerrilha resultou da expressão dos anseios da população local que não quer mais a guerra.

“Nós como sociedade civil apostamos na aproximação das pessoas para que o diálogo seja priorizado. Isto consta dos nossos estatutos; aproximar as partes, preparar a casa e depois entabular negociações com o governo”.

Os termos do acordo poderão ser divulgados nos próximos dias. De acordo com Agostinho Chicaia, a possibilidade de se conseguir proximamente um cessar-fogo não está toda posta de parte.

Chicaia acredita que a dinâmica social em Cabinda venha a levar a que muito rapidamente a plataforma entre os cabindas comece a dar os primeiros passos. Espera que disto saia o início de contactos com o governo para se conseguir uma solução para crise que afecta o enclave.

“Nós não temos problemas, mas o que é certo é que a questão de Cabinda é tão complexa, envolve uma série de entidades, que é preciso avançar de forma cautelosa para que o processo não venha a descarrilar”.

No terreno, enquanto isso, a situação é de uma extrema violência, com as Forças Armadas Angolanas a manter uma forte pressão sobre a guerrilha independentista.(EM)

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