O partido de Apoio Democrático e Progresso de Angola (PADEPA) acusou a Procuradoria Geral da República de cumplicidade em actos de corrupção em Angola, por alegadamente não ter investigado até agora as várias denúncias de envolvimento de altas figuras da hierarquia do país em desvios dos fundos públicos.
Em comunicado de imprensa distribuído esta segunda-feira em Luanda aquela formação política da oposição anunciou que vai formalizar a acusação à PGR no dia 17 de Junho durante uma manifestação pública defronte à estátua do primeiro presidente de Angola, no Largo da Independência.
O líder do PADEPA, Carlos Leitão, disse à Voz da América que a atitude do seu partido deve-se ao facto da PGR não ter respondido até ao momento a um pedido de investigação às denuncias que têm sido reportadas na imprensa nacional e estrangeira.
“Nós pensamos que tem havido cumplicidade por parte de PGR pelo facto de não assumir o seu verdadeiro papel. São tantas as denúncias de corrupção e não tem havido uma posição actuante por parte da PGR enquanto órgão vocacionado para este efeito. Nós vamos protestar porque pensamos que a PGR devia abrir um inquérito para apurar todas as denúncias e acusações que são feitas contra membros do governo.”
Carlos Leitão, acrescentou que o governo de Luanda será oportunamente informado da intenção do PADEPA ao mesmo tempo diz estar seguro que desta vez a vigília não será importunada pela polícia.
Refira-se que uma manifestação do género realizada no mesmo local em Novembro de 2003 havia resultado na detenção pela polícia de vários dirigentes daquele partido acusados de desobediência.