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UNITA voltou a denunciar acções de violência - 2004-05-31


A UNITA voltou a denunciar acções de violência contra os seus militantes no interior do país. No Huambo, partidários do antigo movimento rebelde foram espancados quando tentavam implantar as estruturas do partido na localidade de Galanga, município do Londuimbali.

Segundo a secretária provincial da UNITA, Alda Sachiambo, da acção resultou a destruição parcial da viatura que os transportava para aquela localidade, não havendo no entanto quaisquer ferimentos.

Alda Sachiambo atribui a acção a elementos afectos ao partido no poder. Acrescenta que a democracia em Angola está a duas velocidades, uma em Luanda e outra no interior.

“Nós achamos que está acção foi incitada pelas próprias estruturas do MPLA, incluindo o administrador municipal. Eles dizem, a democracia que fique lá em Luanda, aqui não. A polícia está a fazer «um trabalho no sentido de se apurar as responsabilidades” - acrescentou.

A dirigente provincial da UNITA louvou, no entanto, a Policia que de imediato interveio, evitando o pior.

“Quando foram para Galanga levaram o Comandante da polícia do município do Londuimbali, Bernardo Francisco. Eles tiveram que intervir dizendo às pessoas que não deviam fazer aquilo, por se tratar de um acto de vandalismo. Mesmo assim começaram a atirar paus, pedras, etc. Partiram o vidro de trás da viatura, um Nissan Terrano. O comandante da Polícia não teve outra alternativa, senão fazer disparos para o ar para afugentar os agressores”- acentuou.

Uma das vítimas de espancamento é o secretário provincial adjunto para a mobilização, Carlos Capuca. Ele conta como tudo aconteceu.

“Fomos ao terreno e lá tentamos contactar a administração. Minutos depois veio um homem da segurança a quem pusemos ao corrente da situação. De imediato foi para o campo de futebol onde estava grupo de jovens a jogar a bola, informando que a UNITA tinha chegado. Estes vieram e começaram a agredir-nos. O chefe da polícia que foi connosco começou a fazer tiros para o ar, para os afugentar”. Acções do género vêm-se repetindo um pouco por todo o país. Normalmente são atribuídas a elementos ligados ao MPLA, mas o partido no poder rejeita todas as acusações nesse sentido. DP.

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