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Amnistia Internacional/Angola - 2004-05-18


O Presidente da Amnistia Internacional/Angola, Gaspar Cosme, defende que o Governo deve investigar os alegados casos de violação dos direitos humanos nas áreas de repatriamento dos cidadãos da República Democrática do Congo para se apurar a verdade e punir os infractores.

Um comunicado da Amnistia Internacional distribuído na sexta-feira afirmava que mais de cem mil cidadãos da República Democrática do Congo expulsos de Angola nas últimas semanas para Bandudu e Kassai Ocidental foram vitimas de violaçao dos direitos humanos de ambos os lados.

O comunicado acrescenta que antes de serem expulsos de Angola, os congoleses foram mantidos em campos de trânsito por mais de uma semana e expoliados todos os seus haveres pelas forças de segurança. O Presidente da Amnistia Internacional/Angola, realça o respeito e a preservação dos direitos humanos.

“Há graves denuncias de violação dos direitos humanos nas áreas de repatriamento. Seria bom que o governo estabelecesse equipas de investigação para se apurar a verdade sobre estas denúncias, porque preocupa-nos saber que há violação dos direitos humanos no repatriamento dos refugiados” - enfatizou.

Gaspar Cosme sublinha que no processo de repatriamento, o governo deve ter em conta os direitos fundamentais dos cidadãos.

“Se há denúncias neste sentido, achamos que há violação. Só assim se justifica este comunicado de imprensa da Amnistia Internacional” - acrescentou.

Entretanto, o Presidente José Eduardo dos Santos terá prometido em Washington ao ministro dos Negócios Estrangeiros da RDC, Antoine Ngonda, o fim do repatriamento.

A execução desta decisão estará no centro de uma ampla reunião bilateral marcada para o próximo 20 de Maio.

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